03/04/2017 - Jesika Mayara
Desenvolver um aplicativo de prevenção e enfrentamento contra violência à mulher. Esse é o desafio de professores e alunos do Curso de Sistema de Informação do Campus Helvídio Nunes de Barros (CHNB), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Picos. O projeto, em parceria com a Polícia Militar e Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Picos, visa facilitar e agilizar a comunicação entre os setores relacionados à defesa da mulher.
Em reunião na Coordenação do Curso de Sistema de Informação, os órgãos debateram a melhor aplicabilidade do projeto no município e o seu envolvimento com a população local.
Segunda a Coordenadora do Curso de Sistema de Informação, Alcilene Dalília de Sousa, essa é uma grande oportunidade de beneficiar a comunidade com o conhecimento desenvolvido na universidade. “Enquanto educadores, nós temos a obrigação de levar o conhecimento adquirido na Universidade para a sociedade. Então, a princípio nós vamos fazer uma seleção dos possíveis alunos que irão participar do projeto dado a alguns pré-requisitos necessários, vamos analisar prazos, possíveis incentivos para eles e, posteriormente, começar o desenvolvimento fazendo testes para conseguirmos realizar a entrega o mais rápido possível”, destacou.
Reunião com representantes dos órgão envolvidos
Para a Coordenadora dos Direitos da Mulher de Picos, Maria José do Nascimento, esse aplicativo vai ampliar a demanda e ajudar o acesso da mulher tanto na denúncia como nas questões urgentes. “Nós temos que especificar as questões caracterizadas como urgentes para que a mulher ligue na hora que esteja acontecendo a violência. Esse aplicativo também é importante porque ele gera estatísticas para que nós possamos estar desenvolvendo projetos para coibir a violência contra a mulher, além da importância de estar envolvendo a academia de educação nesse processo. A partir de agora a UFPI de Picos passa a pertencer à rede de enfrentamento à violência contra a mulher do município”, afirmou.
De acordo com o Aspirante a Oficial Sanches, também Coordenador do Grupo de Assistência às Mulheres Vítimas de Violência (GAMVV), o aplicativo irá facilitar a comunicação entre as vítimas e a polícia. “Esse aplicativo é de tamanha importância, porque nós temos uma série de dificuldades no que tange à questão da comunicação. Em alguns casos a pessoa não consegue completar uma ligação via telefone celular, e também temos a questão do 190, que às vezes a rede está muito ocupada, e a mulher que está sofrendo alguma violência necessita do pronto atendimento. Nós sabemos que muitas vezes ela volta atrás , não quer levar à frente aquela denúncia, e o nosso maior desfio hoje é tentar chegar enquanto ainda existe o flagrante do delito, para que essa violência seja noticiada à autoridade policial, e que venham a ser tomados os desdobramentos na Justiça”, explicou.
Ascom UFPI