22/04/2017 - Jesika Mayara
O monitoramento de ambientes de risco para a febre amarela será tema da Oficina para Orientações sobre o Risco de Epidemia de Febre Amarela, que será realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), no período de 25 de abril a 04 de maio, em 58 municípios do Piauí.
A oficina tem como objetivo orientar os profissionais acerca do manejo clínico, da vigilância epidemiológica, ambiental e laboratorial e a vacinação em relação à doença. “Vamos enfatizar todo o monitoramento que os profissionais de saúde devem ter relativo a qualquer agravo relacionado à febre amarela, principalmente o aparecimento de macacos que são unidades sentinela de febre amarela”, esclarece Miriane Araújo, gerente de Vigilância em Saúde.
O monitoramento tem como foco os municípios de risco, aqueles que são limítrofes com os estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Bahia que já registraram casos de febre amarela. “Na oficina será trabalhada a história clínica da doença para os profissionais de saúde para eles se apropriarem do que hoje em termo de clínica ocorre”, informa a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.
Em outro momento, será trabalhado o monitoramento do ambiente que consiste em ficar alerta para a mortandade de macaco. “Precisamos estabelecer esse monitoramento, ou seja, essa vigilância a nível municipal nas áreas rurais e urbanas. Estamos nos apropriando e levando para os municípios essa preocupação nossa para que seja preocupação deles em fazer esse acompanhamento”, disse a coordenadora.
Participarão da oficina agentes municipais de saúde, de endemias e profissionais de saúde. Nos dias 25 e 26 de abril a oficina será em Floriano e São Raimundo Nonato e nos dias 3 e 4 de maio em Corrente e Bom Jesus, respectivamente. Para o evento será levado um laboratório para auxiliar nas orientações quanto à coleta dos materiais para exames e vacinas para imunização da população dos municípios.
Segundo Amélia Costa, o Piauí não registrou casos de febre amarela. “O nosso estado não é área de febre amarela, dentre outros fatores, nosso clima não favorece a entomologia do ambiente para a doença. Mas, sabemos que o macaco é um reservatório do vírus e nós já temos o mosquito circulando, consequentemente, eles podem se infectar e daí infectar as pessoas, por isso a importância da oficina”, acrescenta a coordenadora.
Programação
Horário: 8h às 13h
Local: auditório da Regional
8h – Abertura
8h30 – Contextualização e manejo clínico de paciente com Febre amarela.
9h30 – Vigilância Epidemiológica de casos: notificação, investigação e fluxo de informação.
10h20 – A vacinação como meio de prevenção à doença: abastecimento, indicação e precauções.
10h50 – Vigilância em Saúde Ambiental: vigilância de ambientes de risco, vigilância de sinais e sintomas de animais com evidências de sinais e sintomas e epizootias.
11h20 – vigilância laboratorial: procedimentos relacionados à coleta, acondicionamento, temporalidade e envio de amostras humanas e de animais silvestres para o LACEN.
12h – Encaminhamento e encerramento da reunião.
CCOM PI