26/04/2017 - Jesika Mayara
O Piauí ainda possui um baixo índice de doações de órgãos, o que contribui para o alto número de pacientes na fila de espera por um transplante. Para colaborar com o aumento de doadores no estado, diminuindo a recusa para este ato que objetiva salvar vidas, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet) passa a colaborar com o projeto de conscientização para a doação de órgãos, desenvolvido pela Central de Transplante de Órgãos do Piauí.
“Nossa proposta é promover a integração e conscientização da população para essa campanha de captação de órgãos. O primeiro passo é, juntamente com a Secretaria de Segurança – por meio do IML, estruturar equipes de especialistas em mais dois polos do estado (Picos e Parnaíba) e paralelo a isso, realizar campanhas que promovam esclarecimento sobre o assunto, já que muitas famílias se recusam a doar por não terem o conhecimento necessário sobre esse ato tão importante e que pode salvar vidas”, detalhou o secretário da do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Nerinho.
A iniciativa de apoio ao projeto foi efetivada na manhã desta terça-feira (25), quando o gestor da Sedet esteve reunido com as diretorias da Central de Transplante de Órgãos da Secretaria Estadual de Saúde, do Instituto Médico Legal (IML) e do Sindicato dos Hospitais do Piauí (SINDHOSP).
De acordo com Lourdes Vera, diretora da Central de Transplante, a ação será voltada, inicialmente, para os pacientes de córnea, que tem uma demanda muito grande no estado. “Esse é um trabalho muito importante e nossa proposta é iniciar com as doações de córnea, já que para esse processo não requer uma estrutura tão grande, como a necessidade de se ter uma UTI, por exemplo. Além disso, a fila de espera para esse transplante é enorme, cerca de 380 pessoas aguardando uma córnea”, relatou a diretora da Central, explicando ainda que a problemática do baixo índice de doação de órgãos é social, por falta de esclarecimento.
“Há um percentual muito alto em relação à negativa familiar, por isso nossa meta é fazer mais campanhas de conscientização, para que as pessoas tenham o conhecimento de como é feito o processo, desta forma quando houver o acolhimento por meio dos especialistas, durante a perda do ente querido - que sabemos: é um momento bastante difícil para a família, não haja a recusa para a doação", concluiu Lourdes.
Durante reunião, a chefe de gabinete do IML, Caroline Galvão, informou que o órgão, objetivando contribuir com na elevação dos números de doação, disponibilizou um local apropriado para o acolhimento da família, para facilitar o entendimento na hora da orientação para a captação do órgão.
“Esse é um momento delicado em que os hospitais contam com uma estrutura mais adequada, por ter a UTI, a equipe médica, tornando menos complicado na hora da captação do órgão. Já no IML, detectamos essa dificuldade, já que os familiares se deparavam com um cenário inapropriado, uma vez que as vítimas em sua maioria são de mortes violentas, então vimos que o ambiente atrapalhava esse momento. Por isso para melhor orientação sobre a doação, o IML disponibilizou uma sala adequada para facilitar esse acolhimento da família”, disse Caroline.
CCOM PI