A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito (Foto: Reprodução)

A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito (Foto: Reprodução)

O diagnóstico de casos de hanseníase em Picos nos três primeiros meses de 2017 é 52% maior que o mesmo período do ano passado. Durante o período 31 casos  foram diagnosticados.

O ano de 2016 fechou com a confirmação de 87 casos. De acordo com o coordenador de controle a hanseníase de Picos, Gilberto Valentim, o índice de casos de hanseníase na cidade é alto.

“O Ministério diz que a hanseníase está controlada em uma determinada região quando se tem menos de um caso por mês para cada dez mil habitantes. Nós temos sete casos por mês, possuímos um índice muito alto, nosso município é hiper endêmico em hanseníase”, ressaltou Gilberto.

Ainda segundo o coordenador, foi realizado um mapeamento das principais áreas com focos da doença na cidade, assim serão realizados mutirões no sentido de procurar focos que por ventura estiverem infectados, buscando um diagnóstico.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.

Os sintomas incluem sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.precoce e quebrando a cadeia de produção da doença.

“Hanseníase é uma doença de aglomeração de pessoas, quem tem mais facilidade ou possibilidade de pegar é quem mora em casa com paciente que tem hanseníase. O problema da doença é que ela não dói, ela provoca manchas que são dormentes e que a pessoa só procura o médico quando já não aguenta de dor. A mancha vai agravando, quando você procura o médico já vai estar em uma fase bem evoluída e isso permite a contaminação, porque na fase inicial, ela não contamina ninguém, mas quando evolui já passa a transmitir, um aglomerado de pessoas facilita essa transmissão, infelizmente”, explicou Valentim sobre o processo de transmissão da doença.