31/05/2017 - Jesika Mayara
Álcool não deve ser consumido durante a gravidez. Embora isso pareça radical para algumas mulheres, trata-se de uma recomendação médica embasada pela ciência. Já se sabe que a ingestão da substância está associada a graves consequências. Os problemas vão desde o aumento do risco de aborto até a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é a principal causa de retardo mental e de anomalia congênita não hereditária nos bebês.
Estima-se que a cada mil nascidos vivos, dois apresentem a SAF. Os efeitos mais frequentes ocorrem no cérebro e no coração do feto. Também pode haver restrição de crescimento e sinais de deformidade na face. É importante lembrar que, embora algumas crianças não apresentem nenhum sintoma marcante ao nascer, elas podem manifestar, ao longo da vida, diferentes problemas decorrentes da exposição ao álcool, como dificuldades na aprendizagem e alterações no comportamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), um estudo realizado em São Paulo com quase 2 mil mulheres apontou que 33% delas consumiu bebida alcoólica em algum momento da gestação. A pesquisa também apontou que, em 71% dos casos, o bebê não foi planejado. Ou seja, o desconhecimento da gravidez costuma contribuir para a exposição ao álcool.
Com o objetivo de alertar as gestantes sobre a importância de não beber durante os nove meses, a SBP lançou um portal informativo exclusivamente sobre o assunto. A iniciativa visa prevenir os casos de SAF e proteger a saúde dos bebês.
Fonte: Revista Crescer