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Matéria / Saúde

Febre do Nilo volta a circular no Piauí

Já foram registradas 10 notificações e uma morte

15/06/2017 - Jesika Mayara

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b49eb293ab8be94e48a14f4caa68.jpg (Foto: Reprodução)
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A Febre do Nilo Ocidental voltou a circular no Estado. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), somente este ano, foram notificados dez casos e uma morte que pode ter sido causada pelo vírus. O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado no Piauí em 2014. O paciente era um vaqueiro do município de Aroeiras do Itaim que fez tratamento por cerca de quatro meses, mas ficou quadro de paralisia.

Desta vez, os casos investigados são nas cidades de Teresina (zonas urbanas e rural) e Parnaíba. Herlon Guimarães, diretor de Vigilância em Saúde da Sesapi, disse que ainda é precoce afirmar que há um surto da doença no Estado. O óbito ocorrido no Piauí- provavelmente em decorrência da  Febre do Nilo Ocidental- foi registrado em janeiro. A notificação dos casos levou a Sesapi a administrar uma série de ações no sentido de barrar a cadeia de transmissão do vírus.

“Temos que ter cuidado e cautela na demonstração dos dados. O fato é que precisamos de mais exames para efetivamente comprovar a presença do vírus no Estado, mas a gente como Vigilância e trazendo a transparência para toda a população, orientamos que tenhamos cuidado”, alerta Guimarães.

O material sanguíneo coletado nos pacientes revelou a presença do vírus Febre do Nilo Ocidental, bem como de outros vírus transmitido pelo  mosquito Aedes aegypti.

“Os exames mostraram uma reação cruzada também com outro vírus. As duas doenças se propagaram nessas pessoas. Isso está cada vez mais comum no Estado. Vivenciamos, por exemplo, com a dengue e chikungunya. Por isso, precisamos de exames mais aprofundados para que a gente possa dar mais uma definição. Em uma única picada, o mosquito pode transmitir os dois vírus”, esclarece Herlon Guimarães.

A febre pode ser transmitida por aves silvestres e mosquitos e podem afetar outros hospedeiros, como aves, humanos, cavalos e outros mamíferos.

“A particularidade dessa doença é que ela é transmitida pelo mosquito Culex, conhecido popularmente como  muriçoca/ pernilongo, que pica a ave e consegue transmitir para o homem”, reitera diretor de Vigilância em Saúde da Sesapi que orienta ainda que a população evite acúmulo de água e redobre os cuidados com o lixo para evitar a proliferação do mosquito.

Cerca de 10% dos pacientes infectados podem desenvolver a forma grave da doença.

 

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