22/02/2016 - Jesika Mayara
Após a instalação do projeto Zona Amarela é notório a maior fluidez no trânsito nas ruas centrais da cidade. O projeto que objetiva delimitar pontos específicos para estacionamento e percurso de transportes alternativos, já está em funcionamento há quatro dias e divide opiniões.
De acordo com o que estabelece o projeto serão mais de 100 vagas de estacionamento para as vans nos seguintes pontos: Estádio Municipal Helvídio Nunes (20 vagas), nas proximidades do Picoense Clube (50 vagas), Praça João de Deus Filho (20 vagas) e Praça Antenor Neiva, próxima ao Hospital Regional Justino Luz (20 vagas).
Para o secretário municipal de trânsito e mobilidade urbana, Manoel Vieira, nesse primeiro momento já é possível sentir a melhoria da mobilidade e da fluência do trânsito.
“A criação da zona amarela no nosso entendimento é uma realidade que não pode mais voltar atrás, tem que seguir em frente, com os ajustes necessários. Pois a população tem demonstrado apoio ao projeto”, afirmou o secretário.
OPINIÃO
O Picos 40 Graus foi às ruas para saber a opinião das pessoas a cerca do projeto. Confira!
O picoense Dirceu Borges trabalha há 20 anos como mototaxista, para ele a medida desafogou o trânsito. “Percebo as pessoas comentando que melhorou, chego mais rápido nas minhas corridas. Às vezes quem ia de carro passava até uma hora para chegar até a Igrejinha, mas movimento também diminuiu até quem vende lanche na praça está reclamando”.
O empresário Francisco Andrade, afirmou que o projeto tem seu lado positivo, uma vez que o trânsito fica mais fluente. “Economicamente falando o projeto prejudicou as vendas. O pessoal que vem da micro e macrorregião, que é o público flutuante que aquece o comércio local, está sendo prejudicados e de contrapartida prejudica o comércio, pois perdem tempo se deslocando até as vans e tira a oportunidade dos mesmos estarem comprando”.
Ainda de acordo Francisco a medida diminuiu o fluxo de pessoas no centro da cidade e aumentou o risco de assaltos a aposentados e pensionistas que vêm à cidade sacar seu beneficio.
O taxista Francisco Barbosa Lima, aprovou a medida. “A partir do momento que foi colocado em pratica as coisas melhoraram. Esse setor da Avenida Getúlio Vargas, Praça Felix Pacheco e Josino Ferreira e Rua Francisco Santos era um caos. No visual agente já percebe que melhorou”.
REPROVAÇÃO
Já o proprietário de Van, Edmiar Lima, reprova a medida e afirma que a mudança prejudicou não apenas os proprietários de transporte alternativo.
“O prejuízo foi principalmente para os usuários, nos representamos hoje 54 cidades. A prefeitura não pensou em nenhum momento na população e buscou atender interesses particulares. A decisão está sendo um retrocesso, para nos é cômodo deixar um passageiro no ponto e voltar ao estacionamento, mas temos que pensar no usuário em primeiro lugar”, disse.
Ainda segundo Edmar, a medida é impopular e prejudica diariamente seis mil pessoas. “O comércio já sentiu o impacto. Se por dia nos fazíamos dez viagens, agora estamos fazendo cinco. A associação comercial já esta ciente do fato, já marcamos uma reunião com todos os vereadores nessa terça-feira e se até quarta-feira não for resolvido nos vamos fazer uma carreata até a prefeitura. Iremos juntar 150 vans nas principais ruas da cidade onde somos proibidos de trafegar”.