24/02/2016 - Jesika Mayara
O lateral-esquerdo Renê não sabe se será escalado pelo técnico Paulo Roberto Falcão para o jogo do Sport, na próxima quarta-feira, contra o River-PI, pela Copa do Nordeste, mas espera que o treinador não mexa muito no time para realizar o sonho de ter o pai na arquibancada pela primeira vez. Ele é natural de Picos, no Piauí, cidade a 314 km de Teresina, onde acontece o jogo.
“Para mim todo jogo é especial, mas o meu pai nunca me viu jogar e talvez tenha um gosto a mais neste, se ele for no jogo. É bom rever amigos e familiares. São quatro horas da minha casa. Se for escalado, pode ser que ele, minha mãe e meus colegas estejam lá”, disse o atleta.
Renê não pretende conversar com Falcão para influenciar na decisão. Ciente do cansaço do time com a sequência de jogos, deixa a decisão nas mãos de Falcão. “Vamos ver o que ele acha melhor. Vamos descansar se ele achar que temos que descansar. Temos um clássico no domingo para chegar inteiros”.
PASSADO EM PICOS
Se não tivesse se tornado jogador de futebol, muito provavelmente o lateral esquerdo Renê também estaria fazendo sucesso em outra profissão. Isso porque em Picos-PI, sua cidade natal, o jogador trabalhava consertando ventiladores. Se em muitos lugares a profissão não é muito valorizada, na cidade piauiense o trabalho tem que ser bastante respeitado, haja visto que a temperatura média durante o ano supera os trinta graus.
Prestes a retornar ao seu estado para o jogo de amanhã, contra o River, pela Copa do Nordeste, é o próprio Renê quem revela que seu antigo emprego dava dinheiro. “Rapaz, lembro que na época dava dinheiro, viu? Lá é quente demais.”, falou o lateral antes de completar. “Eu era garoto, mas conseguia comprar minhas roupas e ir para as minhas festas com esse trabalho. Fazia isso junto com meu irmão, até que um dia caí de moto e ele me mandou trabalhar com meu pai fazendo irrigações e instalando e consertando bombas submersas.”.
Atual titular da lateral esquerda, o camisa número 6 do Leão conta que as lições tiradas do seu passado em Picos o ajudam muito a administrar sua carreira de jogador de futebol. “Foi um período muito importante da minha vida. Hoje dou mais valor a tudo que tenho. Posso dizer que esse passado me faz forte para superar as dificuldades e correr atrás dos meus objetivos, sem nunca pensar em desistir”, falou Renê.
Fonte: 180 Graus com informações do G1 e Sportrecife.com