04/08/2017 - Jesika Mayara
Não é de hoje que criminosos se aproveitam da fragilidade emocional das vítimas e se aproveitam disso para extorqui-las. Um exemplo é o golpe do falso sequestro anunciado por ligações registradas. A vítima recebe a ligação de um número não identificado ou com um código de outro estado, onde uma pessoa se passa por um familiar, que diz ter sido sequestrado.
Segundo a delegada Fernanda Novaes, titular do 2º distrito policial, a Delegacia Regional de Polícia Civil de Picos tem registrado um aumento significativo no número de registros do golpe.
“A incidência desse tipo de crime está bem acentuada em relação as pessoas que residem aqui em Picos, realizamos muitos registros todos os dias de tal crime. As pessoas realmente caem no golpe e acabam depositando dinheiro como forma de sair daquela situação”, explicou a delegada.
Fernanda relatou que existem vários indícios para desfiar do golpe. O primeiro deles é manter a calma para poder pensar sobre a situação, além disso é preciso tentar contato com o familiar que foi supostamente sequestrado.
Geralmente a vítima se entrega sem notar. Ao ouvir a voz do suposto familiar capturado, acaba revelando o nome dele. Outra prática desse tipo de golpe é a quantia em dinheiro que pedem. A delegada diz que, sempre nesse tipo de crime, os golpistas pedem uma quantia pequena.
“Eles escolhem números aleatórios e tentam a sorte se passando por parentes sequestrados, geralmente filhos. Muita gente acaba que deposita o valor e quando percebe que caiu em um golpe o estelionatário já tem sacado o dinheiro”, disse Fernanda.
Após o fato é preciso que a vítima procure a delegacia para registrar o crime, embora o mesmo seja de difícil apuração, uma vez que as ligações partem do interior de presídios e de outros estados.
Caso o responsável seja localizado, o mesmo será punido com uma pena de um a quatro anos de reclusão, tendo em vista que cometeu o crime de estelionato.