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IML investiga se vegetação tem relação com mortes de cinco crianças no Piauí

Materiais vegetais e cadavéricos serão encaminhados a Brasília

15/08/2017 - Jesika Mayara

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5179d952e3a92a6009c28b653f6b.jpg (Foto: Catarina Costa / G1)
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O Instituto Médico Legal do Piauí está preparando uma equipe de estudo para investigar se a morte de crianças na cidade de Barra d'Alcântara está relacionada a algum tipo de vegetal da região. Após as análises serem concluídas na capital, será enviada a Brasília uma parte do material retirado do corpo de uma das crianças falecidas recentemente. Entre 2012 e 2017, cinco crianças moradoras do mesmo bairro morreram por causa ainda desconhecida.

O objetivo da análise é a resolução do caso que tem causado apreensão e receio aos moradores da cidade. De acordo com o médico legista Antônio Nunes, diretor da Polícia Técnico-científica do Piauí, as análises estão em curso e uma equipe está em preparação para viajar na quinta-feira (17) a Barra d'Alcântara com o intuito de coletar mais amostras que possam ajudar na identificação das causas da morte dessas crianças.

"Estamos organizando um pessoal para viajar a Barra d'Alcântara e coletar material vegetal. Após examinar o vegetal, enviaremos para Brasília o material colhido do cadáver para que seja analisado", destacou o diretor.

O secretário de saúde de Barra d'Alcântara afirmou que a maioria das crianças havia brincado próximo a uma árvore chamada faveira e faleceram horas depois. Ainda não há estimativa de quando o laudo vai estar pronto nem há confirmação de que as mortes estejam relacionadas à planta.

Características dos óbitos

Segundo o secretário, os óbitos se relacionam devido à proximidade da residência das vítimas, mesmos sintomas, forma como ocorreu a morte e o fato de todas as vítimas serem crianças. A mais nova tinha apenas um mês de vida e a mais velha, sete anos, que morreu no início deste mês.

"Todos moravam perto. As crianças mais velhas estavam todas brincando perto de uma faveira (árvore cujo fruto é a fava) e morreram rapidamente, em menos de duas horas no caso dessa última. Elas sentiram náusea, pressão no peito e dor de cabeça e morreram no hospital com insuficiência respiratoria", declarou o secretário.

Fonte: G1

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