20/09/2017 - Jesika Mayara
Nos últimos dias uma matança de animais no bairro Junco tem deixado os moradores do local assustados, principalmente aqueles que possuem animais de estimação.
O crime foi registrado nas proximidades Praça Walquíria Neiva. Moradores começaram a perceber marcas de sangue no forro de suas residências, e quando subiram no telhado para saber o que estava acontecendo, se deparam com cerca de 13 gatos mortos.
Sangue em forro de residência. Foto: APAPI
Assustados, denunciaram o caso a Associação Protetoras de Animais de Picos (APAPI), que relatou ao Picos 40 Graus, que está não é a primeira chacina registrada na cidade.
“Além do caso dos gatos, uma protetora me procurou afirmando que a sua cachorra começou a apresentar um comportamento estranho, ela se debatia e corria de um lado para outro da casa. Infelizmente o animal começou a sangrar e veio a óbito, depois disso mais duas cachorras e um gato dela também morreram. Ao todo já contabilizamos cerca de 19 animais mortos nas imediações”, relatou Sanya Elayne Araújo, membro da APAPI.
Outro caso foi registrado na Avenida Diametral, no bairro Aerolândia, há alguns meses, onde cerca de 12 gatos foram envenenados nas proximidades do Posto de Saúde. Neste caso foi prestado Boletim de Ocorrência.
A APAPI irá realizar uma manifestação no bairro Junco. “Queremos justiça, não suportamos mais tanta impunidade. Queremos que os culpados sejam responsabilizados”, disse Sanya.
Além disso, os protetores irão procurar o Ministério Público, através da assessoria jurídica da ONG, afim de que seja realizada uma investigação dos casos por parte da delegacia local.
Sinais de envenenamento
De acordo com o médico veterinário, Fagner Santos, animais que foram envenenados apresentam alguns sinais. “Quando intoxicado o animal começa a andar cambaleando devido a perca de equilíbrio. A pupila fica dilatada, exibe salivação intensa e algumas vezes o animal apresenta vômito ou diarreia com a presença de sangue”.
Ao perceber esses sinais é preciso procurar um médico veterinário o mais rápido possível. “Após o diagnóstico é feita a soroterapia e a administração de antitóxico para combater o veneno presente na corrente sanguínea”, relatou o profissional.