Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

MPF investiga fraudes nos pagamentos do Bolsa Família no Piauí

A principal suspeita é sobre servidores públicos que não se encaixariam no perfil do programa

10/10/2017 - Jesika Mayara

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c1e3dcf5a6fb76d6562dba723d5d.jpg (Foto: Reprodução/ Exatasnews)
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O Ministério Público Federal (MPF) investiga possíveis fraudes no programa no Piauí. Servidores públicos estariam recebendo o benefício de forma irregular enquanto quem precisa teve o benefício cortado. Somente em Teresina 53 mil famílias são beneficiadas pelo programa Bolsa Família, representando R$ 9 milhões pagos em benefícios.

Para compreender mais sobre o corte do benefício e o destino dos recursos o MPF faz uma investigação envolvendo os pagamentos de beneficiários do programa.
“No Piauí há um índice de 3,8%. Ou seja, de 100 benefícios pagos, quase quatro tem indicativo muito forte de fraude. O Ministério Público precisa atuar para reprimir esse tipo de fraude para que o recurso do Bolsa Família vá para uma família que realmente precise, para que o programa do Bolsa Família continue a existir no Brasil ”, disse o procurador da República, Tranvanvan Feitosa.

A principal suspeita é que servidores públicos, fora do perfil atendido pelo programa, estejam recebendo recursos. “Há um indicativo muito forte que o perfil de renda dessas famílias não preencha os requisitos do Bolsa Família. São servidores públicos que a princípio, se é um servidor público tem uma renda incompatível com o programa”, pontuou o procurador.

A investigação também tem apoio da população. “Deveria ter uma investigação mais rigorosa porque tem muitas famílias que não recebem. Tem famílias que precisam realmente e que ajuda muito. Para mim ajuda muito”, reforçou a dona de casa Indira Lima.

Maria Jaine Lopes é uma das beneficiárias que teve o Bolsa Família cortado. “Quando a gente usava ele comprava as coisas para dentro de casa, como alimentos e algum material de limpeza. Faz falta porque a gente não está mais usando esse dinheiro que era pouco mais servia”, conta a mulher que trabalha como babá.

G1

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