23/10/2017 - Jesika Mayara
O Centro de Assistência Médica de Picos (Campi), mais conhecido como Policlínica, pode fechar as portas a qualquer momento. O alerta é do presidente da Câmara Municipal de Picos, Hugo Victor Saunders Martins (PMDB) e o motivo seria o atraso nos repasses por parte do governo do estado.
Os recursos necessários para manutenção do Campi são obtidos por contrato de gestão firmado com o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, com acompanhamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).
No entanto, segundo Hugo Victor, como os repasses não estão sendo feitos regularmente pelo governo do estado, o Campi corre sérios riscos de fechar. “Estão em atraso os repasses de dezembro de 2016 e de maio deste ano até agora. Já são dois meses de salários atrasados dos médicos e funcionários e muitos estão dizendo que vão abandonar o trabalho” – informa o presidente da Câmara de Picos.
Hugo Victor disse que já entrou em contato com o deputado Severo Eulálio Neto (PMDB), para que ele [Severo Eulálio] agende uma audiência com o secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, para tentar resolver o impasse.
“Se ele não puder nos receber em Teresina, que venha a Picos para conhecer de perto a situação em que se encontra o Campi, que pode fechar a qualquer momento caso os repasses atrasados não sejam feitos o mais rápido possível” – alerta Hugo Victor.
Para Hugo Victor, a instalação do Campi foi uma conquista para Picos e região. Lá a população conta com serviços de consulta especializada, pequenas cirurgias e serviços de exames 100% gratuitos, cabendo à responsabilidade pela marcação do atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde.
Entidade de direito privado sem fins lucrativos, o Campi é gerido por uma diretoria eleita pelo conselho de administração, em assembleia geral. A diretora geral é Milena Leal; diretora-administrativa financeira, Maria da Glória Saunders Martins; diretor-clínico, Pascoal Gomes Neto e coordenador de enfermagem, Adriano Moura.
A Policlínica Especializada de Picos foi inaugurada no dia 1º de abril de 2014 pelo então governador do Piauí, Wilson Martins (PSB). A entidade entrou em funcionamento após uma longa batalha empreendida por lideranças políticas e a sociedade civil organizada, já que o projeto foi concebido em 2006 através de uma parceria da Associação ProBrasil com a Secretaria Municipal.
Por Jose Maria Barros / Jornal de Picos