26/10/2017 - Jesika Mayara
“É impossível, infelizmente é o que eu posso dizer”, respondeu o delegado Agenor Ferreira Lima, quando questionado se com a estrutura da Delegacia de combate ao tráfico e homicídios de Picos é possível realizar as investigações dos casos de homicídio registrados na cidade.
Instalada em Picos há cerca de dois meses, a delegacia conta apenas com um delegado, um escrivão e um agente de polícia, que esteja disponível para realizar diligências.
Em 2017 já foram registrados 11 homicídios, onde mais de 90% dos casos ainda não foram solucionados.
“Nosso grande problema é a ausência de efetivo, não dispomos de uma equipe focada para a investigação dos crimes de homicídios o que vêm causando um grande problema, devido as informações que vão se perdendo com o tempo. A família das vítimas e a população cobram resultados”, relatou Agenor Lima.
O desvio de função dos policiais que realizam a guarda de veículos no antigo prédio da Delegacia Regional, afeta os trabalhos da Polícia Civil em Picos, uma vez que faltam agentes para realizar diligências. A delegacia também não dispõe de uma viatura própria.
Foram assassinados em Picos este ano: Uma mulher identificada como Vera, Felipe Lavor dos Santos, Francisco Pereira Sobrinho, Jarnicleide de Holanda Leal, Antônio José da Cruz, Wesley de Almeida, Reinaldo Lopes de Moura, Wilame da Silva, Marcos Moreira de Lima, um homem identificado pela Polícia Civil como “Romero” e o José Fontes Caminha, que era mais conhecido como “Gadinho”.