01/11/2017 - Jesika Mayara
Os casos de hanseníase diagnósticos em Picos têm aumentado nos últimos anos. Dados da coordenadoria municipal de controle de hanseníase apontaram, que no primeiro semestre deste ano, 60 pessoas já receberam o diagnóstico da doença.
De acordo com coordenador de controle a hanseníase de Picos, Gilberto Valentim, o índice de casos de hanseníase na cidade é alto de acordo com o estudo da pesquisa operacional.
“O estudo nos apontou os principais focos de hanseníase na cidade. O maior número de casos foi verificado no bairro Parque de Exposição, seguido dos bairros Morada do Sol, São Vicente e São José. Estamos focando no diagnóstico da doença através dos mutirões, debelando os principais focos da doença”, relatou o enfermeiro.
A ação foi realizada no bairro Parque de Exposição onde foram diagnosticados três novos casos. Famílias do bairro São Vicente receberão a vista das equipes nos dias 09 e 10 de novembro.
“Em seguida vamos nos direcionar aos bairros Morada do Sol e São Vicente. O mutirão é realizado com o apoio de alunos de enfermagem e medicina da Universidade Federal do Piauí e as equipes de estratégia de saúde da Família dos Postos de Saúde. Essa é a segunda vez que a atividade é realizada em Picos”, disse Gilberto.
A hanseníase é realizada onde existem uma maior aglomeração de pessoas, ou seja, ambientes fechados, instituições militares, escolas e periferias.
Dificuldade de diagnóstico
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. Ela não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.
Os sintomas incluem sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).