13/11/2017 - Jesika Mayara
A produção de energia elétrica a partir da manipueira pode ser uma fonte alternativa no momento em que se procura novas fontes para atender à população da cidade e do campo. A ideia foi apresentada por dois alunos de uma escola da rede estadual de ensino de Araripina, no Sertão de Pernambuco, durante a 23º Ciência Jovem, Feira Internacional de Ciências, que terminou neste sábado (11.11), no Paço Alfândega, no Recife.
Orientados pelo professor Antonio Sousa, o trabalho dos estudantes Arão Silva e Patrício Sousa, da Escola de Referência de Ensino Médio Padre Luiz Gonzaga, em Araripina, estavam entre as mais de 300 experiências presentes na feira, que reuniu trabalhos do Brasil e do exterior. O evento no Recife durou 3 dias.
A manipueira é o líquido resultado da mandioca prensada, durante o processo de fabricação da farinha. Através do processamento da biodigestão do produto, os estudantes conseguiram obter uma pequena quantidade de gás metano, que foi utilizado para abastecer um sistema de energia termelétrica e gerar eletricidade. “A gente utiliza o gás metano para aquecer uma caldeira, que vai produzir vapor para abastecer uma turbina e consequentemente gerando energia elétrica”, explica o estudante Antônio Sousa.
Os estudos para produção de energia alternativa a partir da manipueira foram iniciados em março deste ano. Os estudantes dizem que são estimulados pelos professores da Escola Luiz Gonzaga para desenvolver a criatividade. “Eles nos orientam a divulgar os trabalhos nas Feiras que aparecem e isso é muito importante. Temos outros projetos inscritos, entre eles, o Votorantim pela Educação (VPE) que estamos desenvolvendo”, diz Arão Silva.
O trabalho apresentado pelos estudantes de Araripina ganha ainda mais importância pelo lado da preservação ambiental. A manipueira é um produto que provoca poluição do solo e das águas, por isso a importância de sua utilização para geração de energia. “É uma forma de evitar a poluição, melhorar a renda e a qualidade de vida das pessoas de nossa cidade’, concluiu Patrício.
Por: Hamilton Rocha