27/12/2017 - Jesika Mayara
neel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que consumidores terão que pagar um total de R$ 16 bilhões a mais na tarifa de conta de luz do ano que vem. O valor será destinado ao fundo que custeia o subsídio para a tarifa de famílias de baixa renda. Para quem mora na região Nordeste, o aumento deve ser de 0,77%.
O problema é que já houve um reajuste na tarifa de 27% para os consumidores da Eletrobrás Piauí ainda no mês de setembro, que somado aos reajustes nos combustíveis, impactou fortemente o bolso dos piauienses.
O cabeleireiro e empresário Amadeu Barbosa relata que a energia elétrica é o valor que mais pesa no orçamento. “Está muito difícil. Em julho eu pagava cerca de R$ 4 mil em energia. Em novembro, eu paguei quase R$ 8 mil, quase dobrou”, disse.
Para cobrir o aumento, Amadeu aumentou o expediente do salão em duas horas. “Temos que trabalhar igual abelha, todo dia o dia todo, para ver se dou conta das despesas”, disse.
O economista Kerly Dantas comenta que a energia elétrica é um insumo de fundamental importância e sem substituto, o que faz com que esse tipo de aumento gere impactos na economia como um todo.
“Na prática, acaba diminuindo a renda disponível do trabalhador. Sem esquecer que isso, para o lado da indústria, afeta os custos de produção, e acabam pressionando os preços, o que implica novamente na diminuição da renda real”, disse o economista.
Eletrobras
A Eletrobras – Distribuição Piauí - informou que não foi notificada sobre o novo reajuste, e que há a possibilidade de que o aumento seja apenas referente ao tarifário anual, que deve acontecer em setembro do próximo ano.
Fonte: G1