Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Polícia

Polícia Federal faz operação na UESPI e reitor defende investigação

A operação "Curriculum" foi realizada em parceria com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal

17/01/2018 - Redação

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464f18c6b02378534029ef47ee9d.jpg PF realizou operação hoje de manhã na UESPI (Foto: Divulgação)
464f18c6b02378534029ef47ee9d.jpg PF realizou operação hoje de manhã na UESPI (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal realizou na manhã de hoje, quarta-feira (17), a “operação Curriculum” que investiga irregularidades na aplicação de recursos federais nos programas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). Policiais cumpriram mandados de busca e apreensões dentro da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). A operação foi realizada em parceria com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal.

O UAB tem por finalidade expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país, por meio do desenvolvimento de programas e de cursos na modalidade de educação a distância, enquanto o PARFOR tem como escopo a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas de educação básica, por meio de atividades presenciais.

A superintendente da Controladoria Geral da União (CGU), Érica Lobo, informou que o órgão apura se pessoas mortas estariam recebendo bolsas de estudos pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi). “Há casos que o sistema diz que a pessoa morreu, mas está recebendo a bolsa. A família deveria ter comunicado a Uespi, mas pode ser que o sistema esteja errado, a pessoa pode estar viva e o sistema diz que ela morreu, mas vamos investigar tudo”, informou a superintendente.

A investigação analisa a concessão de bolsas de 2012 a 2017. O valor das bolsas varia de R$ 700,00 a R$ 1.500,00. Pela auditoria feita pela CGU foi constatado um desvio de R$ 276 mil somente no ano 2016. Erica Lobo informou também que há indícios de que bolsas de estudos na Uespi foram pagas por serviços não prestados e indevidamente para empresas. Com base em documentos apreendidos hoje, a CGU fará cruzamentos de dados.

O reitor da UESPI, Nouga Cardoso, declarou que está tranquilo em relação a operação da Polícia Federal, CGU e MPF e defendeu a apuração dos fatos. “Queremos a apuração dos fatos para que a Uespi e seu corpo de administradores não fiquem com nenhum tipo de arranhão por conta desse processo investigativo.  Quem não deve não teme e não tem o que esconder”, declarou Nouga Cardoso.

“Encaminhamos o ofício à CGU em outubro do ano passado. A própria CGU deve ter feito as próprias investigações e em 14 de novembro foi instaurado um inquérito na Polícia Federal para investigar o caso. Acredito que parte da motivação da PF possa ter vindo da própria Uespi que, não tendo nada a esconder, solicitou a auditoria”, explicou o reitor. Sobre a suposta participação de gestores, Nouga Cardoso disse apenas que a “PF é quem vai dar essa resposta”.

Fonte: Cidadeverde.com
Edição: João Paulo Leal

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