(Foto: Reprodução)

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Nos últimos 10 anos os casos de hanseníase diminuíram 37% no Piauí. Apesar do resultado animador, o número de casos notificados da doença em 2015 chegou a 330 (10 anos antes eram 800), o que ainda deixa as autoridades em estado de alerta.

Em Picos o número de casos diagnosticados em 2015, aumentou cerca de 11%, em relação ao ano anterior. Dados da coordenação municipal de hanseníase apontam que em 2014, foram diagnosticados 92 casos, já em 2015 o número foi de 108.

“Há dois anos observamos que há a prevalência da doença, ou seja, o número absoluto de casos no Piauí vem diminuindo, porém, em Picos o processo é diferente, devido algumas medidas adotadas para que o diagnóstico aumente. Nosso objetivo é diagnosticar o maior número de casos para que essa incidência possa começar a diminuir”, disse o coordenador de hanseníase de Picos, Gilberto Valentim.

Para expandir as ações da coordenação, o serviço de diagnostico foi implantado nas 36 Unidades de Saúde da Família do município.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.

Os sintomas incluem sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.