04/04/2018 - Jesika Mayara
Uma mulher abriu fogo nesta terça-feira, dia 3, na sede mundial do YouTube, na cidade de San Bruno, na Califórnia, feriu quatro pessoas e se matou. Centenas de funcionários fugiram em pânico enquanto a atiradora agia nas dependências do maior canal de vídeos da internet. Pelo menos 20 tiros de pistola foram disparados, segundo testemunhas.
O Hospital Geral de San Francisco afirmou ter recebido três das vítimas. Um homem de 36 anos tinha o estado de saúde mais grave. Duas mulheres, de 27 e 32 anos, estavam em situação estável.
Não estava clara em princípio a motivação para o ataque. A polícia descartou inicialmente que houvesse conexão com terrorismo. Redes de TV americanas chegaram a afirmar que a atiradora usava um véu na cabeça, mas a informação não foi confirmada. O Google, proprietário do YouTube, garantiu estar cooperando com as autoridades. A sede do YouTube está a 50 quilômetros do prédio principal do Google, em Mountain View, e a 20 quilômetros de San Francisco.
A autora do ataque foi descrita por testemunhas como uma mulher branca de aproximadamente 30 anos. Ela abriu fogo em uma área externa reservada para refeições. As mulheres raramente são responsáveis por tiroteios nos EUA. Um levantamento recente do Washington Post indica que apenas 3 de cada 150 ataques a tiros com mais de 4 vítimas, desde 1966, foram protagonizados por mulheres. Em 2015, um casal matou 14 pessoas em San Bernardino, também na Califórnia.
A ação desta terça-feira, 3, ocorreu em meio a um debate sobre a necessidade de controlar o porte de armas nos EUA. Cerca de 1,5 milhão de pessoas participaram de manifestações, no dia 24, pedindo normas mais rígidas sobre a venda de armas de fogo, depois de um tiroteio mortal em uma escola secundária de Parkland, na Flórida, em fevereiro.
No mês passado, o YouTube disse que pretendia banir conteúdos que promovessem a venda de arsenais ou ensinassem a fazer armas. Empresas anunciaram a suspensão da venda de armamento ou imposição de controles por contra própria para evitar a compra de armas por menores de 21 anos.