Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Saúde

SMS e representantes de movimentos sociais discutem violência obstétrica

A roda de conversa aconteceu nesta quinta-feira

03/05/2018 - Jesika Mayara

Imprimir matéria
4047049145627a117671685e533b.jpg (Foto: Ascom SMS)
4047049145627a117671685e533b.jpg (Foto: Ascom SMS)

Uma roda de conversa entre coordenadoras da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Prefeitura de Picos, enfermeiras das Estratégias de Saúde da Família (ESF) e representantes de movimentos populares discutiu sobre violência obstétrica. O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (3), na sala de reuniões da SMS.

Após a discussão sobre processos de trabalho e acolhimento da mulher na atenção básica e especializada, a psicóloga Denise Damonte conduziu o debate sobre violência obstétrica. “Toda ação feita por um profissional de saúde, que infringe o direito à saúde da mulher e o poder que ela tem sobre seu próprio corpo é violência obstétrica. Às vezes, até a forma de se referir à gestante como um objeto, pode ser considerada também”, explicou.

Na oportunidade, as participantes relataram casos em que elas vivenciaram ou acompanharam casos de violência, entre elas a psicóloga Denise e a coordenadora Municipal de Atenção à Saúde da Mulher, Aurilândia Rocha Leal. “Tive meu primeiro filho aos 16 anos e sofri violência obstétrica”, contou. “A proposta desse momento é estimular debates e levar à reflexão”, enfatizou a coordenadora.

Para a enfermeira do Município Mageany Barbosa Feitosa, muitas vezes, há dificuldade em tipificar a violência, seja no sistema público ou privado, seja quando ela é assistida por um plano de saúde. “Muitas mulheres sofrem violência obstétrica e não percebem”, avaliou a profissional.

Como encaminhamento do encontro, as representantes sociais propuseram a formação de um grupo de trabalho para continuidade das ações. “Precisamos elaborar um projeto e levar até a Câmara de Vereadores, porque a saúde da mulher faz parte de uma rede de enfrentamento da violência contra a mulher”, recomendou Teresa Wendel, da União de Mulheres de Picos.

Participaram da roda, ainda, coordenadoras de diversos setores da Secretaria de Saúde, coordenadora da Mulher de Picos, Conselho Municipal do Direito das Mulheres, Movimento das Mulheres de Picos, Associação de Profissionais de Sexo.

Durante todo este mês de maio, a SMS realiza uma série de atividades referentes ao Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Após trabalhar o tema junto aos coordenadores, a roda de conversa seguirá para o Hospital Regional Justino Luz (HRJL), Clínica Integrada de Saúde da Mulher (Clisam) e Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 

Ascom SMS

Facebook