31/07/2018 - Jesika Mayara
Fundada em 2001, a Penitenciária Feminina Regional de Picos recebe mulheres de toda a macrorregião. Projetada para abrigar apenas 13 detentas, sendo duas vagas administrativas e onze vagas nos pavilhões, o local conta atualmente com 30 internas, onde 17 cumprem pena no regime fechado e 13 no semiaberto.
De acordo com o diretor da unidade prisional, Danilo Hipólito Monteiro, o local já chegou a abrigar 32 internas.
“As que moram em Picos e que estão no semiaberto dormem aqui todos os dias, as que moram na região vem nos finais de semana. A maioria das mulheres estão presas por tráfico. Contamos com três agentes no plantão”, explicou o diretor.
Funcionando no Centro da cidade, sem espaço para desenvolver atividades socioeducativas e laborais, as detentas também não podem ser separadas por pratica criminosa e passam por uma triagem ao ingressar no sistema prisional.
“A Secretaria de Justiça inclusive possui muitos projetos como o ‘Leitura Livre’, por exemplo, mas infelizmente nosso espaço não oportuna que as nossas internas possam ser atendidas por esses serviços. Quatro internas fazem trabalho interno aqui, onde a cada três dias de trabalho um dia é diminuído da pena delas”, disse Danilo.
O atendimento odontológico é realizado na Penitenciaria Regional José de Deus Barros.
Funcionando de forma improvisada, o local é um dos três presídios femininos do estado. O promotor da 1° Promotoria de Picos, Marcelo de Jesus Monteiro, falou um pouco das dificuldades que o local enfrenta.
“O maior problema da penitenciária feminina de Picos é a superpopulação, na verdade o local é muito pequeno, assim precisamos de uma nova penitenciária feminina para a cidade, compatível com a quantidade de detentas. O local funciona de forma improvisada, onde antes era o complexo do menor, e serviria temporariamente como penitenciária feminina, até que se construísse uma penitenciária adequada, mas a obra nunca começou o que existem são promessas do secretário de justiça”, disse o promotor.
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