04/04/2016 - Jesika Mayara
A coordenadora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, informou que em 90% dos hospitais do Piauí inspecionados seus gestores foram obrigados a assinar Termo de Obrigações a Cumprir por causa de problemas sanitários nos estabelecimentos hospitalares porque não estão cumprindo os itens que conformidade com a legislação. Ela falou que raros são os hospitais do Piauí inspecionados pela Vigilância Sanitária que está 100% no ponto de receber a Licença Sanitária.
Tatiana Chaves afirmou que 90% dos hospitais do Piauí não receberam a Licença Sanitária porque têm centros cirúrgicos sem a climatização adequada; os Serviços de Urgência e Emergência não têm desfibrilador; onde os medicamentos de alta vigilância e controle estão sendo distribuídos sem controle; falta de condições de higienização das mãos dos profissionais de saúde; dispensação do papel toalha e do sabão; falta de plano de gerenciamento dos resíduos; espaço físico sem a capacidade instalada para atender um determinado número de pacientes; macas sujas e enferrujadas; e paredes sem pintura ou desgastadas.“Os hospitais só recebem a Licença Sanitária se estiverem em conformidade com a legislação sanitária”, acrescentou.
Tatiana Chaves declarou que quando a Vigilância Sanitária recomenda a interdição, faz imediatamente a interdição do setor. “O Ministério Público está solicitando todos os relatórios que nós fazemos para que a gente envie para os promotores de Justiça. A nossa conduta é a assinatura do Termo de Obrigações a Cumprir entre o gestor do hospital. Esse termo tem prazos estabelecidos. O gestor do hospital nos responde se comprometendo a adotar aquelas medidas. Caso ele não faça no tempo em que se comprometeu, a gente interdita e lavra um auto da infração”, afirmou Tatiana
A coordenadora da Vigilância Sanitária do Piauí afirmou que a instituição está orientando a implantação dos Núcleos de Segurança dentro dos hospitais públicos e privados do Piauí. Ela falou que a Vigilância Sanitária solicitou que aos diretores dos hospitais que criem, através de portarias, os Núcleos de Segurança do paciente com a finalidade de implantar processos de garantia da saúde das pessoas que são atendidas pelos serviços médicos.
Ela falou que os Núcleos de Segurança exigem a identidade do paciente; otimizar a comunicação entre os profissionais de saúde; uso seguro dos medicamentos, através de protocolos; e orientação a aplicação do checklist seguro antes e depois das cirurgias para ver como o paciente está antes da anestesia, qual o lado onde será feita a cirurgia, marcar a lateralidade porque nesses processos é possível identificar se o paciente tem processo alérgico. Após a cirurgia é preciso aplicar o checklist após a cirurgia para que possa ser feita a avaliação da equipe, quais os procedimentos foram realizados, quais os utensílios e aparelhos que foram utilizados.
O Hospital Getúlio Vargas (HVG) iniciou a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente e a Vigilância Sanitária escolheu 36 hospitais como prioritários porque 21 deles têm centros cirúrgicos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, UTI adulta para garantir os procedimentos mais complexos; dez hospitais públicos estaduais e regionais para que possa ser identificada uma equipe para que seja feito essa notificação.
Fonte: Jornal Meio Norte