Picos(PI), 25 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

Corpo de Bombeiros alerta sobre aparecimento de animais peçonhentos

O calor faz com que estes animais busquem mais umidade no interior das residências

03/08/2018 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-ee1edebaf83b477afd8.jpg (Foto: Jeferson Carlos/G1)
P40G-IMG-ee1edebaf83b477afd8.jpg (Foto: Jeferson Carlos/G1)

Os mais velhos falam que geralmente no segundo semestre do ano os animais silvestres aparecem mais. De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Hamylton Lemos, os animais peçonhentos aparecem por causa da temperatura e saem a procura de suas presas.

“Os animais peçonhentos buscam mais umidade por conta da vegetação muito seca e adentram nas residências. Na maioria dos casos, a captura é de cobras e jacarés, acontece na região do bairro Umari e Ipueiras”, disse o tenente.

Ao encontrar um animal peçonhento dentro de casa, não se deve tentar matá-lo nem o capturar. “O correto é ligar imediatamente para nós do Corpo de Bombeiros que faremos o recolhimento e sua soltura num ambiente seguro tanto para o animal como para as pessoas”, explicou Hamylton.

De acordo com o biólogo, Fabrício Sousa, o encontro de pessoas e estes animais é o resultado do desequilíbrio ecológico provocado pelo crescimento das cidades. Em Picos, quase todos os bairros são cercados por mata nativa.

“Sempre lembrando que não se deve matá-los. No caso da cobra a picada é um comportamento de defesa quando se sentem ameaçadas, e somos nós que invadimos e destruímos o seu habitat natural”, comentou o biólogo.

No sertão piauiense as espécies venenosas mais comuns são a cascavel, jararaca (existem subespécies) e a coral-verdadeira. Podem ser encontradas ainda outras espécies que não inoculam veneno com a mordida, como a jiboia e a caninana.

A melhor forma de evitar essas visitas indesejadas é manter a sua moradia higienizada. “Sempre manter o ambiente limpo, procurar limpar quintais e terrenos baldios, porque ambientes com entulhos propiciam, além de um bom lugar pra se camuflarem, a proliferação de animais que são do ‘cardápio’ desses répteis, como os pequenos roedores”, ressaltou Fabrício.

 

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