Picos(PI), 25 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

Romeiros embarcam na 43º romaria às cidades de Canindé e Juazeiro do Norte

A peregrinação é comandada pelo deputado estadual Nerinho

31/10/2018 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-86b5202bbc72120ee4.jpg (Foto: Gelimar Moura)
P40G-IMG-86b5202bbc72120ee4.jpg (Foto: Gelimar Moura)

Na noite desta terça-feira, 30, cerca de 1600 romeiros de Picos embarcaram na 43º romaria com destino às cidades de Canindé e Juazeiro do Norte. A peregrinação religiosa é comandada pelo deputado estadual Nerinho (PTB).

Os romeiros embaraçaram em trinta e dois ônibus e só retornarão à Picos no final da tarde de 2 de novembro.

“Se nós pudéssemos levaríamos mais pessoas, temos que fazer uma espécie de seleção e damos prioridade aos romeiros que já nos acompanham há muito tempo. Passaremos está quarta-feira, 31, em Canindé, a noite embarcaremos para Juazeiro e retornamos de lá na sexta, isso dará um percurso de aproximadamente 1500 quilômetros”, explicou Nerinho.

Para o deputado, esse é um momento de agradecimento. “A nossa peregrinação começou com o meu pai, que continua sendo um dos coordenadores. Estou a frente e faço com prazer, eu já recebi tantas graças de Deus que isso é o mínimo que posso fazer. Essa viagem é de agradecimento e de gratidão”.

O perfil do romeiro vem sofrendo uma miscigenação nos últimos anos e se torna cada vez mais comuns a ida de jovens para a vagem religiosa. Existem romeiros que participam da peregrinação há 40 anos.

O ex-prefeito de Picos, José Neri de Sousa, que foi o fundador da romaria, contou como tudo começou.

“A primeira romaria aconteceu no ano de 1975, quando eu comecei a ser representante da Antártica e comprei vários caminhões para distribuir e comprar mercadora. Naquela época as pessoas me procuravam muito o dinheiro para a passagem para irem até o Juazeiro ou Canindé para pagarem suas promessas. Então pensei e vi que se eu tinha os caminhões não custava emprega-los na viagem. Me sensibilizei com a história daquelas pessoas que não podiam pagar passagem”, explicou José Neri.

De lá para cá a viagem ficou mais cômoda, após a proibição dos chamados “paus de arara”, que necessitavam de uma semana para serem confeccionados. Hoje com ônibus além de mais seguras, o tempo percorrido no percurso e o risco de acidentes também diminuíram.

“Hoje vou apenas como romeiro e agradeço ao Padre Cícero e a São Francisco pelas inúmeras gralhas que eles têm nos dado. Entre elas a recuperação da minha saúde, em um momento difícil que passei, morri e voltei a viver. Foi uma benção de Deus”, ressaltou o idealizador da peregrinação.

Fotos: jesika Mayara e Gelimar Moura

 

 

 

 

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