28/11/2018 - Redação
Nos últimos 365 dias de funcionamento, a unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, já recebeu mais de 320 pacientes, com a faixa etária dos 20 aos 80 anos, atendendo casos renais, cardíacos e diabetes descompensada.
De acordo com o coordenador médico, cardiologista Raimundo Reis, antes da instalação da UTI, esses pacientes eram transferidos para Teresina e, em alguns casos, não sobreviviam ao longo percurso.
Outro fator importante ressaltado por Raimundo Reis é que durante uma transferência de paciente, toda a família sofre pelos transtornos do deslocamento, pois precisa se organizar para levar acompanhante e custear a estadia em Teresina, além de outros gastos que se acumulam por ter que sair da residência rumo à capital.
Para dar assistência a pacientes graves, a UTI conta com um quadro composto por médicos intensivistas, fisioterapia, enfermagem, nutrição e equipe multidisciplinar formada por clínicos gerais, cirurgiões, anestesistas e técnicos de enfermagem atuando 24 horas.
Para Raimundo Reis, o mais gratificante em trabalhar na unidade de terapia intensiva é entregar para a família o paciente estabilizado. Segundo ele, uma das maiores surpresas neste ano de funcionamento foi a quantidade de pacientes com diabetes descompensada que tiveram suas vidas salvas. Outro ponto importante destacado pelo cardiologista é a resolutividade no atendimento a pacientes com insuficiência cardíaca, realizado por meio da UTI.
"O Hospital Regional de Picos está de parabéns porque trouxe uma unidade de terapia intensiva que se propõe a ter humanização na assistência e atender casos de alta complexidade, baseada em bom atendimento e resolutividade", comenta Reis.
Segundo a diretora-geral do hospital, Patrícia Batista, a UTI adulto tem respondido bem a demanda da região. "Em saúde, sempre que se instalam novos serviços, contrapondo o aumento da demanda. Com todas as possibilidades que a gente pode ofertar, nossa UTI se equipara às unidades dos grandes hospitais da capital. O que podemos melhorar é a ampliação no atendimento, com a implantação de UTI neonatal”, explica a diretora.
Patrícia ainda ressalta a importância de ter profissionais naturais da região atendendo no hospital, trazendo mais confiança ao paciente. "Muitas vezes os pacientes são conhecidos ou vizinhos de algum membro da equipe médica e isso passa mais segurança e tranquilidade no acolhimento, além de valorizar os profissionais na nossa macrorregião", pontua Batista.
Autoria: Ascom Fepiserh