15/01/2019 - Redação
Representantes dos setores patronal e laboral do comércio picoense estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira,14, na Associação Comercial onde debateram a convenção trabalhista 2019. Esta foi a terceira reunião entre os setores.
Após intensa negociação, não se chegou a um acordo e um novo encontro será realizado na manhã da próxima sexta-feira, 18, às 10h00, na sala de reuniões da Associação.
A proposta do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Servidores de Picos (SINTRACS) é de no mínimo R$ 1.107,00, já a do setor comercial é de R$ 1.099,00.
Setor laboral
Para o presidente do SINTRACS, Marcos Holanda, é preciso não se perder direitos e a conjuntura econômica atual não é propicia para os trabalhadores.
“Nossa proposta foi a mais adequada para os trabalhadores, pois nossa função é a defesa dos direitos dos mesmos, mas a parte patronal não aceitou e infelizmente só vamos protelar isso, o que prejudica os dois lados”, explicou o presidente.
Marcos explicou ainda, que durante o próximo encontro irá levar algumas propostas para a análise do setor patronal.
Setor Patronal
Representantes de várias entidades o setor participaram entre eles o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (SINDILOJAS/PI), Tertuliano Passos, que falou da realidade econômica dos lojistas de todo o estado.
“Ainda está difícil economicamente para os lojistas e por esse motivo participamos de convenções em todo o Piauí, buscando adequar a aquilo que realmente é a realidade do nosso estado. Gostaríamos muito de ter salários maiores, mas é preciso fazer uma negociação que enquadre todos os empresários, sejam eles de pequeno e grande porte”, explicou o presidente.
Representando o Fecomercio e o Sindicato dos Atacadistas, o advogado Vilmar Borges, também participou da reunião e avaliou o salário comercial de Picos.
“Picos possui uma das melhores convenções trabalhistas coletivas em favor da classe trabalhadora. Nessa luta a classe patronal sempre procurar respeitar e valorizar a classe trabalhadora. A nossa reunião hoje teve um grande avanço e eles ficaram de analisar a nossa contraproposta”, relatou Vilmar.
Para o advogado as propostas são convergentes e o acordo deve ser firmado na próxima reunião. “O sindicato vem trabalhando em cima e um piso que está fora da realidade da situação nacional”.
A diretoria da Associação Comercial e Industrial da Grande Picos (ACINPI) esteve presente na negociação. Para o presidente, José Rivaldo de Sousa, os empresários não querem retirar direitos dos trabalhadores.
“A reunião foi bem proveitosa e muito produtiva, infelizmente não tivemos uma definição devido a proposta do sindicato laboral não ser aceita pela classe patronal, que acredita que o momento e crise que o país atravessa. Em parâmetros o salário de Picos é maior que o de outras cidades do Piauí”, relatou o presidente.
José Rivaldo, que também é diretor da Fecomercio, lembrou que é preciso existir um acordo em que as duas partes saiam satisfeitas e que o trabalhador não perca, o que é o principal objetivo da convenção.