Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

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Trajetória de um vencedor: Alma humilde, coração destemido

Artigo de opinião do poeta e escritor Francisco Valentim Neto, destacando a trajetória de vida de Nivardo Silvino de Sousa

29/04/2016 - Redação

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595c38828f6f2865c2ca3742af80.jpg Nivardo Silvino de Sousa (Foto: Arquivo Pessoal do autor)
595c38828f6f2865c2ca3742af80.jpg Nivardo Silvino de Sousa (Foto: Arquivo Pessoal do autor)

Por Francisco Valentim Neto

Ninguém está neste planeta simplesmente por acaso, todos têm uma tarefa a executar durante esta viagem, porém existem alguns que trazem uma missão a desenvolver, deixando pelos caminhos por onde trajetam rastros de transformação que marcam a história de um povo, através de suas ações e atitudes benfeitoras em benefício das pessoas e seu ambiente.

Existem as pessoas comuns, que estão neste mundo apenas pela imposição da condição biológica de nascer, viver e depois morrer, buscam tão somente no decorrer das suas existências a sobrevivência e desenvolvem as ações corriqueiras à manutenção da sua vida e consequentemente à perpetuação da espécie.

No entanto, há aquelas almas que aportam neste plano terreno, com objetivos sublimados, não apenas para cumprir suas condições de serem humanos, mas conduzem em suas bagagens as missões que levam auxílio às vidas comuns e que precisam receber os impulsos do desenvolvimento e da evolução inerentes à sociedade e ao meio onde se encontram inseridas.

Portanto, dentro deste contexto, podemos citar o exemplo de um brioso homem predestinado a esta missão, pela sua humildade de interagir e tratar o semelhante nivelando-se a todos, e por seu destemor de enfrentar os embates e solucionar os embaraços próprios da arte de viver, características estas daqueles predispostos a servir, a doar-se, a amparar e acolher a todos que vêm ao seu encontro. Este missionário do bem, diz respeito a NIVARDO SILVINO DE SOUSA, um homem que não teve a oportunidade de adquirir o conhecimento acadêmico, mas que tem amealhado no curso da sua vida, a sapiência do conhecimento que a faculdade existencial oferece, baseado nos valores morais repassados pela higidez e disciplina da educação familiar tradicional, foram-lhe moldados ensinamentos capazes de o direcionar com segurança, equilíbrio e dignidade nesta estrada da vida.

Sendo o quinto filho de uma prole constituído por doze rebentos, onde formavam o lar que tinha em suas raízes, a base forte dos seus genitores Silvino Nicolau e Francisca Vitória, tendo o mesmo surgido na atmosfera terrena em 02/06/1954, onde pela primeira vez viu o sol brilhar nas plagas da comunidade de Varjota, destas terras bocainenses; e assim, este ser cresceu e se desenvolveu, encontrando mais tarde atraído pela força incontrolável do amor, a sua outra metade na pessoa de Maria das Graças, quando em 25/12/1975, consubstanciaram este sentimento pelos laços afetivos e definitivos do matrimônio; gerando por sua descendência as filhas Leila e Verônica, esta por sua vez ofertara-lhe três netos, e agora uma bisneta.
Todavia, o seu exemplo de bom filho, dedicado esposo, respeitável pai, avô e bisavô, não está presente apenas nos limites do seu núcleo familiar, vai mais além, extravasou aos demais familiares e amigos da comunidade onde nasceu e vive até hoje. Pois, trazendo ínsitos em sua alma o carisma e o espírito de liderança, vislumbrou na política o roteiro a ser seguido com o objetivo de encontrar os meios de levar a assistência, o desenvolvimento e o bem-estar social ao seu torrão natal. E foi pelos idos de 1982 que despertou para a vida pública, iniciando o seu trabalho junto ao povo, sendo eleito para o cargo de vereador por quatro legislaturas deste município, em 1988, 1992, 1996 e 2008, e, para o cargo de vice-prefeito por três mandatos, em 2000, 2004 e 2012, estando atualmente no exercício do cargo de Prefeito, em razão do falecimento do Prefeito eleito para este mandato, o Dr. José Luiz de Barros.

Temos aqui a história de um homem predestinado a ser vencedor, não pela vaidade de derrotar adversários ou pela ambição do poder, mas essencialmente pela humildade de vencer as adversidades impostas aos semelhantes, libertando-os das amarras da miséria, da ignorância e da incompreensão. É óbvio que todos os que buscam a trilha do bem, encontram resistências e opositores eivados com seus insultos e leviandades, porém diante destes baratos e vis disparates, os antídotos mais eficazes são, o silêncio e o desprezo, pois como dizem os acertados ditos populares: “enquanto a caravana passa, os cães ladram” e/ou “não se atiram pedras, em árvores que não dão frutos”. Sempre foi assim, quem mais perfeito que o Cristo e o que fizeram? Todos já sabemos; quem foi mais pacífico do que Mahatma Gandhi? Fora assassinado por um conspirador às suas ideias. Não estou fazendo comparações de personagens, estou apenas citando fatos, em que a insânia humana é capaz de praticar, quando estão acesas no seu coração as chamas negras do ódio e da intolerância, e na sua mente as peçonhas da prepotência, do orgulho e da vaidade.

Não obstante, são nas tempestades que as grandes árvores mostram a sua resistência e determinação, pois quando vem a bonança, elas oferecem sombra fria e tranquilidade a todos os viajores do caminho, para aliviarem o seu cansaço, a sua sede e a sua fome. Não é à toa que NIVARDO tem a firmeza dos grandes arbustos, por isso que às vezes incomoda as plantas rasteiras e os animais rastejantes que não podem voar, que não têm a oportunidade de apreciarem o horizonte além e verem a beleza do alvorecer.

Portanto, quem quiser ser grande e forte, sigam os exemplos de NIVARDO e do mar, tenham humildade e simplicidade, é por isso que o mar é imensurável, porque se posiciona numa condição de inferioridade, não de submissão, em relação aos vales, afluentes e rios. Mas, mesmo assim, para sermos oceanos, precisamos dos vales amigos, dos afluentes sinceros e dos rios companheiros. Por isso, é que NIVARDO é oceano, na política, na sociedade e na família...

O AUTOR
Francisco Valentim Neto, natural de Santo Antônio de Lisboa, é poeta, escritor e ocupante da cadeira número 12 da Academia de Letras da Região de Picos (ALERPI). Também exerce a função de escrivão judicial da Comarca de Bocaina, onde reside desde o final da década de 80. ele é casado e pai de dois filhos.

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