11/06/2019 - Redação
A sarna humana é uma doença de pele, conhecida também de escabiose, que é causada pelo ácaro Sarcoptes Scabiei. O principal sintoma da doença é a coceira intensa e vermelhidão na pele, causada pela infecção do ácaro. Essa doença é facilmente transmissível entre pessoas, principalmente se a pessoa infectada tiver contato com demais indivíduos através do compartilhamento de objetos pessoais, como roupas e toalhas.
Segundo a dermatologista Andressa Soares de Deus, esse tipo de sarna não é a mesmo que acomete os animais, como os cães, que são causados por parasitas diferentes. O sintoma mais comum da sarna humana é o surgimento de uma coceira muito intensa na pele, que piora durante a noite.
A sarna pode ser passada para outra pessoa por meio do contato direto com um indivíduo contaminado. As crianças são as mais suscetíveis, justamente por esse contato constante entre elas. Os idosos também estão entre o grupo de pessoas vulneráveis, devido à baixa na imunidade.
Na primeira vez em que se é infectado pelo ácaro da sarna, os sintomas podem demorar até dois meses para aparecer, já em casos seguintes os sintomas surgem mais rápido, aparecendo em menos de quatro dias. Enquanto está assintomática, a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa. Assim, quando surge um caso na família é importante testar todo o mundo que esteve em contato com a pessoa infectada para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, se necessário.
“O ácaro se deposita na pele e faz um buraco. A fêmea engravida do macho e coloca os ovos dentro da lesão e lá eles eclodem. O ácaro forma um caminho na pele, causando uma lesão linear, com uma mancha vermelha e bolinha na ponta, coçando bastante principalmente à noite, que é quando eles se movimentam. A lesão forma uma casquinha e coça muito, o que incomoda bastante o paciente”, disse a dermatologista.
Andressa Soares de Deus destaca que as áreas mais comuns de aparecimento das lesões são as dobras, como axilas, embaixo do seio e virilha, por serem locais mais quentes. Mas, esta é uma doença que tem cura através do tratamento indicado pelo médico dermatologista, que geralmente inclui o uso de remédios para sarna como permetrina ou benzoíla.
O tratamento é feito, dependendo da dimensão, por via oral ou tópico, que devem ser aplicadas no corpo. É importante que todos façam o tratamento para que a pessoa não tenha novo contágio.
Pode se que a pessoas ainda sinta coceiras mesmo depois de fazer o tratamento e curar a doença, isso acontece devido à reação da pele lesionada, que pode demorar alguns meses até sumir. Também é feito um tratamento para melhorar as condição da pele e eliminar as crostas que tendem a formar.
“Todas as pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença se tiverem contato com o ácaro. A sarna pode se espalhar pelo corpo, devido a coceira, que vai ferindo a pele. Se a pessoa tiver uma queda de imunidade, pode espalhar para o corpo todo”, comenta Andressa Soares de Deus.
Tratamento
O tratamento para a sarna humana deve ser orientado por um médico dermatologista, dependendo da gravidade da infestação e do tipo de pele de cada indivíduo. No entanto, normalmente o tratamento é feito com remédios para sarna como o Permetrina, que é um creme que deve ser aplicado na pele para eliminar o ácaro e seus ovos. Pode ser usado em adultos, grávidas e crianças com mais de dois anos.
O Crotamiton pode ser adquirido em forma de creme ou loção e deve ser aplicado diariamente, não sendo recomendado para mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Já o Ivermectina é um comprimido que fortalece o sistema imune e ajuda a eliminar o ácaro, não podendo ser utilizado por grávidas, mulheres amamentando e crianças com menos de 15 kg.
Em geral, esses medicamentos devem ser aplicados em todo o corpo, do pescoço para baixo, e devem ficar oito horas em contato pela pele, sendo recomendada a aplicação antes de dormir. Além disso, durante o tratamento, é importante manter uma higiene corporal adequada e lavar em água quente todas as roupas, lençóis ou toalhas que tenham estado em contato direto com a pele.
Como evitar:
- Não partilhar toalhas de banho;
- Evitar compartilhar roupas não lavadas;
- Lavar a pele, pelo menos, 1 vez por dia;
- Evitar o contato direto com pessoas que vivam em locais com poucas condições de higiene.
Fonte: Jornal O Dia