Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

Matéria / Cidades

Professores denunciam perseguição por parte do prefeito de Geminiano

Embora aprovados em concurso público, eles tiveram salários e carga horária reduzidos pela metade

07/09/2019 - Redação

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P40G-IMG-0f93baba5c9e4c6f7e.jpg Professores protestam contra redução de seus vencimentos e carga horária (Foto: Divulgação)
P40G-IMG-0f93baba5c9e4c6f7e.jpg Professores protestam contra redução de seus vencimentos e carga horária (Foto: Divulgação)

Da Redação

Um grupo de professores da rede municipal de ensino de Geminiano alega que está sofrendo perseguição política por parte do prefeito Erculano Edmilson de Carvalho (PP). Mesmo devidamente aprovados em concurso público, eles sofrem mais uma vez a redução de carga horária e salários pela metade.

De acordo com o grupo, a primeira investida do prefeito Erculano contra eles ocorreu no início de seu mandato, em 2017, por meio de um decreto, sendo o caso levado ao conhecimento do Poder Judiciário que, tanto na Comarca de Picos, quanto no Tribunal de Justiça, os professores tiveram seus direitos assegurados e o prefeito sendo obrigado a restabelecer os valores dos vencimentos e a carga horária dos mesmos, sob pena de aplicação de uma multa diária de R$ 5.000,00, podendo chegar a R$ 100.000,00 e ainda instauração de processo de improbidade administrativa.

Não satisfeito, o prefeito Erculano Carvalho determinou sua filha, a secretária municipal de Educação, Érica Carvalho, a instaurar em janeiro deste ano um novo processo administrativo, sendo este realizado por uma comissão de professores indicados a dedo pelo prefeito, no qual objetiva reduzir novamente a carga horária e os vencimentos dos professores, afrontando mais uma vez a Justiça e a legalidade do concurso.

Por sua vez, o prefeito Erculano se justifica perante o processo administrativo que a redução dos salários dos professores concursados se daria para reduzir despesas do município. Entretanto, os próprios professores prejudicados, dentre os quais Jailson José Antônio Marques, Maria Gorete Meneses da Silva, Ana Paula de Sousa Bezerra e Marinalva Barbosa Lima Pereira, afirmam que a justificativa não condiz com a realidade da atual gestão, pois algo em torno de 15 professores já foram contratados por mero apadrinhamento político, sem ao menos prestarem um teste seletivo ou comprovarem a devida qualificação.

Assim sendo, o grupo de professores ingressaram novamente com mandado de segurança contra o ato do prefeito, junto à justiça da Comarca de Picos e vem diante a sociedade expor a situação o qual estão passando, na luta para garantirem seus direitos de trabalho.

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