23/10/2019 - Redação
O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, afirmou nessa terça-feira (22) que é contra cota de 30% para mulheres nas composições de chapas proporcionais. As declarações foram dadas durante a audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, que contou com a presença do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, apontado como líder de um esquema de candidaturas laranja de mulheres no PSL de Minas Gerais.
Para Ciro Nogueira, a atual legislação, que determina a obrigatoriedade do percentual de 30% de candidaturas femininas, é responsável por causar uma série de desconfortos aos dirigentes partidários em todo o país. Ele avalia que o ideal é que a obrigatoriedade fosse relacionada apenas ao percentual de recursos do fundo partidário gasto com as candidaturas de mulheres.
“Eu que sou presidente nacional de um partido sei da dificuldade dessa questão das cotas com as mulheres. Sou contra essa cota de 30% para as mulheres, sou a favor de se gastar 30% dos recursos com as mulheres, mas a obrigatoriedade de ter o número de candidatas causa esse tipo de situação, Porque nos colocamos as mulheres, e depois, se elas não tiverem votos? Eu acompanho isso nos pequenos municípios, nas candidaturas a vereador, é uma dificuldade muito grande, que as vezes temos que tentar esconder isso da sociedade”, disse.
Ciro Nogueira também saiu em defesa do Marcelo Álvaro Antônio, que é o presidente licenciado do diretório estadual do PSL em Minas Gerais. “Acho que sua presença nessa comissão é mais fruto de o senhor ser ministro hoje, não fruto de querer se apurar essa questão de caixa dois, porque essa questão de caixa dois tem no país inteiro. Esse tipo de acusação não se restringe mais ao senhor. O que aconteceu com o senhor foi justamente que o senhor deu o azar ou a sorte de virar ministro”, afirmou Ciro.
O caso
O ministro do Turismo foi convocado para explicar denúncias de que candidatas do PSL em Minas Gerais teriam sido coagidas a devolver ao partido recursos de campanha oriundos do fundo partidário. Elas teriam concorrido apenas para cumprir a lei que destina 30% do dinheiro a candidaturas femininas.
Fonte: Portal O Dia