Picos(PI), 19 de Setembro de 2024
17/05/2016 - Jesika Mayara
Estudantes e professores do curso de saúde participaram da manifestação (Foto: Jesika Mayara)
Estudantes e professores do curso de saúde participaram da manifestação (Foto: Jesika Mayara)
“Como formar alunos do curso de saúde sem que eles tenham contato com os pacientes?”. Indagou a coordenadora do curso de nutrição da Universidade Federal do Piauí Campus de Picos, Artemisa Sousa, durante manifestação em frente ao Hospital Regional Justino Luz (HRJL) na manhã desta terça-feira, 17.
Alunos e professores dos cursos de enfermagem e nutrição da UFPI de Picos, inconformados com o posicionamento do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) que rege o HRJL e que, segundo eles, vem dificultando a realização dos estágios dos estudantes, ocuparam a frente da unidade de saúde.
“Já temos um convênio que permite usar esse hospital como campo de estágio e de pratica, porém, após o início dessa gestão eles não reconheceram o convênio. Desde então surgiram vários problemas. Já passamos semanas e meses sem estagiar, eles vêm pedindo documentos e alegam que não estamos regularizados. Estamos fora de estágio e de aula pratica”, disse o coordenador do curso de enfermagem da UFPI de Picos, Marcos Renato.
Os estágios não estão sendo realizados desde abril, início do período letivo, e o problema prejudica cerca de 600 estudantes.
O estudante de enfermagem, Emerson Fontes, mostrou-se inconformado com a medida. “A Organização Social tem tentado impedir a realização dos nossos estágios no HRJL. O que é inconstitucional e estamos aqui protestando contra isso”.
O corpo docente, formado pelos coordenadores de estágio e pela diretora do Campus, acompanhado do secretario municipal de saúde estiveram reunidos com a direção do hospital para tratar sobre o assunto. A imprensa esteve no local porém, não teve acesso a reunião.
“As nossas dificuldades são diversas quando se diz ao período em que podemos entrar. A Universidade Federal só pode realizar estágio durante dois dias na semana, enquanto instituições privadas fazem uso todos os dias”, relatou o coordenador Marcos Renato.
