Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Saúde

Piauí terá primeiro ambulatório voltado para travestis e transexuais

A data de inauguração do espaço está prevista para o dia 29 deste mês e contará com uma equipe multiprofissional

23/01/2020 - Redação

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P40G-IMG-acaa78dd4e43b51602.jpg Espaço será sediado no Prédio Azul do Hospital Getúlio Vargas (Foto: Arquivo O Dia)
P40G-IMG-acaa78dd4e43b51602.jpg Espaço será sediado no Prédio Azul do Hospital Getúlio Vargas (Foto: Arquivo O Dia)

Olhar no espelho e não se reconhecer com o gênero que reflete certamente causa frustrações e uma série de transtornos. No Piauí, o procedimento cirúrgico de transição de gênero ainda não é realizado. Contudo, o Estado passará a oferecer um suporte especializado para quem deseja se submeter ao procedimento através do Ambulatório de Atenção Especializada no Processo Transexualizador da Saúde Pública Estadual. 

O espaço funcionará no Ambulatório Integrado Dirceu Mendes Arcoverde - Prédio Azul, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), e contará com uma equipe multiprofissional composta por médicos endocrinologista e psiquiatra; assistente social, enfermeiro e psicólogo. A data de inauguração está prevista para o dia 29 deste mês e será um local destinado à atenção especializada para o atendimento humanizado a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBTT. A ação pioneira é parceria entre a Fundação Hospitalar (Fepiserh) e a Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi). 

“No ambulatório vamos atender travestis e transexuais, e os profissionais darão informações e apoio, orientando quanto aos seus direitos, das infecções sexualmente transmissíveis, do autocuidado. O endocrinologista irá tratar sobre a hormônioterapia e orientações, assim como o ginecologista”, comenta Maria Hilda Santos, fisioterapeuta e diretora do Ambulatório. 

“Se essa população precisar de outras especialidades médicas, esses médicos irão encaminhar. É importante lembrar que as consultas devem ser marcadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), tanto de Teresina como no interior do Estado. Após isso, é que será direcionado para o ambulatório”, frisa a diretora.

Para Maria Hilda Santos, a criação do ambulatório é um divisor de águas para o Estado. “É um ambulatório que não existe no Piauí e a demanda é bastante grande, sendo que essa população não tem esse tipo de atendimento direcionado e específico. De alguma, esse serviço irá promover educação, saúde e prevenção”, acrescenta.

 

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