23/01/2020 - Redação
Olhar no espelho e não se reconhecer com o gênero que reflete certamente causa frustrações e uma série de transtornos. No Piauí, o procedimento cirúrgico de transição de gênero ainda não é realizado. Contudo, o Estado passará a oferecer um suporte especializado para quem deseja se submeter ao procedimento através do Ambulatório de Atenção Especializada no Processo Transexualizador da Saúde Pública Estadual.
O espaço funcionará no Ambulatório Integrado Dirceu Mendes Arcoverde - Prédio Azul, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), e contará com uma equipe multiprofissional composta por médicos endocrinologista e psiquiatra; assistente social, enfermeiro e psicólogo. A data de inauguração está prevista para o dia 29 deste mês e será um local destinado à atenção especializada para o atendimento humanizado a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBTT. A ação pioneira é parceria entre a Fundação Hospitalar (Fepiserh) e a Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi).
“No ambulatório vamos atender travestis e transexuais, e os profissionais darão informações e apoio, orientando quanto aos seus direitos, das infecções sexualmente transmissíveis, do autocuidado. O endocrinologista irá tratar sobre a hormônioterapia e orientações, assim como o ginecologista”, comenta Maria Hilda Santos, fisioterapeuta e diretora do Ambulatório.
“Se essa população precisar de outras especialidades médicas, esses médicos irão encaminhar. É importante lembrar que as consultas devem ser marcadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), tanto de Teresina como no interior do Estado. Após isso, é que será direcionado para o ambulatório”, frisa a diretora.
Para Maria Hilda Santos, a criação do ambulatório é um divisor de águas para o Estado. “É um ambulatório que não existe no Piauí e a demanda é bastante grande, sendo que essa população não tem esse tipo de atendimento direcionado e específico. De alguma, esse serviço irá promover educação, saúde e prevenção”, acrescenta.
Portal O Dia