Picos(PI), 26 de Novembro de 2024

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MP ingressa com ação para impedir retorno do comércio e das igrejas em Picos

De acordo com o órgão, os decretos estão em desacordo com orientações da OMS

18/06/2020 - Redação

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P40G-IMG-f61c3f909fff8b0fdd.jpg (Foto: Gelimar Moura)
P40G-IMG-f61c3f909fff8b0fdd.jpg (Foto: Gelimar Moura)

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) ingressou com uma ação civil pública para que sejam anulados atos da Prefeitura Municipal de Picos sobre a retomada de atividades comerciais e religiosas na cidade.

Procurada pelo G1, a Prefeitura de Picos informou que, nesta quinta-feira (18), um comitê vai se reunir para avaliar a situação epidemiológica do município e decidir se segue com o plano de reabertura ou se retroage e impõe restrições ao comércio.

De acordo com o órgão, os decretos editados pelo prefeito estão em desacordo com orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e diretrizes do Pacto pela Retomada Organizada, proposto pelo Governo do Estado.

Em Picos, foram autorizadas as reaberturas, em diferentes datas, de salões de beleza, clínicas de estética, joalherias, academias, bares e restaurantes, floriculturas, lojas de confecção, shoppings center e vários outros estabelecimentos. As atividades religiosas foram autorizadas desde o dia 15 de junho.

“Não bastasse o descumprimento das diretrizes estaduais, esses decretos municipais não foram precedidos de qualquer plano baseado em estudos técnico-científicos, que justificassem, do ponto de vista local, o distanciamento das medidas de isolamento mantidas pelo estado”, diz a ação.

Aspectos meramente econômicos

Para o MP, a prefeitura se baseou apenas em aspectos econômicos ao promover a retomada das atividades. O órgão informou que havia requisitado um plano detalhado, baseado em um estudo prévio com aspectos epidemiológicos, parâmetros de saúde e medidas sanitárias a serem adotadas.

Quando o Governo do Estado prorrogou a quarentena, o MP questionou a prefeitura sobre revogação ou adequação dos decretos municipais, mas, segundo o órgão, o município recusou e informou que iria executar sua própria programação de reabertura, porque o comércio local já havia se preparado e foi “pego de surpresa” pela prorrogação.

O órgão pediu à Justiça, caso conceda a anulação, que determine a fiscalização da medida por parte da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Conselho Municipal de Saúde e Vigilância Sanitária Municipal. E solicitou multa diária e R$ 10 mil sobre patrimônio pessoal do prefeito em caso de descumprimento.

 

Fonte: G1

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