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Cresce acionamento do botão do pânico por mulheres no Piauí

De março  a maio deste ano, o aplicativo registrou 263 acionamentos

13/07/2020 - Redação

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P40G-IMG-64c56a93e6628ba973.jpg (Foto: Arquivo / Cidadeverde.com)
P40G-IMG-64c56a93e6628ba973.jpg (Foto: Arquivo / Cidadeverde.com)

Dados divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Núcleo de Estatística da Secretaria de Estado da Segurança revelam que, durante o período de isolamento social, aumentou a quantidade de acionamento do botão do pânico no aplicativo Salve Maria. 

Segundo a Secretaria de Segurança, de março  a maio deste ano, o aplicativo registrou 263 acionamentos do botão do pânico, número maior que o registrado no mesmo período de 2019, onde houve 147 ativações.

O Botão do Pânico do aplicativo Salve Maria,  quando acionado ,emite um ponto de localização da ocorrência para a viatura da Polícia Militar mais próxima, fazendo que os policiais cheguem o mais rápido possível até a vítima. BAIXE AQUI O SALVE MARIA

De janeiro a maio de 2020, foram 341 acionamentos do botão do pânico no aplicativo Salve Maria. Em 2019, esse número foi 21,35% menor em relação ao mesmo período, com 281 registros.  

Boletins de Ocorrência

A Secretaria de Segurança Pública também divulgou os números de registro de crimes nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher no Piauí referentes ao período de 1º de janeiro a 30 de maio deste ano.

De acordo com levantamento, de janeiro a maio foram registrados 1.880 boletins de ocorrência, contra 2.197 no mesmo período de 2019, uma redução de 14,43%. 

De janeiro a março de 2020 as Delegacias da Mulher registraram 1.245 boletins de ocorrência e em 2019 – 1.355. Nos meses de abril e maio de 2020 foram 635 boletins registrados, e em 2019 – 842. De acordo com a secretaria, em maio de 2020, houve uma redução de 13,30% em comparação a maio de 2019. 

Ainda segundo o levantamento foram registrados em todo o Estado, de janeiro a maio deste ano,sete crimes de feminicídios e , no mesmo período em 2019, ocorreram 13 casos. O estudo foi baseado na quantidade de boletins registrados e teve como fontes o Sistema de Boletins de Ocorrência (SISBO) e o SINESP PPE, ambos da Polícia Civil.

A delegada Bruna Verena, coordenadora do Departamento de Proteção à Mulher, ressalta que a diminuição dos registros não significa que  os casos de violência contra a mulher diminuíram. Ela explica que as medidas de isolamento social estão dificultando a realização de denúncias. 

"Os dados apontam que houve uma queda de denúncias de registro de violência contra mulher. Isso não quer dizer que a violência diminuiu. Isso só quer dizer que menos fatos foram noticiados para a polícia através dos boletins de ocorrência. E por que isso se dá? Por causa do isolamento social que estamos vivenciando. Soma-se isso a falta de ônibus para as pessoas se deslocarem ate a delegacia, falta de acesso a equipamentos de internet, celulares móveis para fazer B.O virtual. Orientamos  que as mulheres continuem denunciando através de todos aplicativos e canais de comunicação disponíveis", orienta 

Além do aplicativo Salve Maria e das delegacias especializadas, denúncias podem ser feitas através do Disque 180 e pelo 190. A delegacia eletrônica também faz Boletins e solicitar medida protetiva.

 

 

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