23/06/2016 - Jesika Mayara
Após três anos do recebimento, a motolância do SAMU de Picos começou a fazer atendimento nesta semana. A secretaria de saúde alegava dificuldades burocráticas que segundo a pasta estariam atrapalhando a utilização do veículo nas ocorrências.
Mistura de motocicleta com ambulância, o veículo de duas rodas é mais ágil, passa por lugares difíceis, pode cortar caminhos e chega mais rápido ao local chamado, podendo providenciar o pré-atendimento até a chegada da ambulância.
A moto, pilotada por um técnico, está sendo utilizada para chegar mais rápido aos atendimentos de urgência em locais onde com trânsito mais intenso e em áreas de difícil acesso. A coordenadora Geral do SAMU, Rosa Dantas, afirmou que o veículo está com toda a documentação regularizada.
“A utilização da moto já foi liberada por Brasília e por Teresina, os equipamentos de proteção individual dos dois condutores também já estão ok, ou seja, tudo o que a portaria do Ministério da Saúde exige para o veículo funcionar”, explicou a coordenadora.
Ainda segundo Rosa Dantas, a moto irá atender ocorrências junto com a ambulância. “Ela saíra na frente ara abrir caminho e geralmente em casos mais graves ela irá chegar primeiro. Pode acontecer que as duas ambulâncias estejam atendendo ocorrências e a gente mande a moto, para averiguar e vê se tem como ajudar, uma vez que não se tem como transportar o paciente na moto, assim ela fará o primeiro atendimento até ambulância chegar”.
O veículo será muito eficaz em atendimentos em que o paciente tenha parada cardiorrespiratória, uma vez que a moto chegará primeiro ao endereço.
O SAMU de Picos possui uma moto e duas ambulâncias, o que para Rosa Dantas é um efetivo muito pequeno para atender a demanda existente em Picos.
10 anos em Picos
Em 2016 o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) comemorou dez anos de funcionamento em Picos. Durante o período o serviço já realizou mais de 38 mil atendimentos.
“30% desses chamados são traumas, além disso, o médico de plantão também realizou orientações através do telefone, o que às vezes não implica saída da ambulância. Os chamados mais comuns são de origem clínica, como paradas cardíacas, crises hipertensivas e hipoglicêmicas, por exemplo”, disse a coordenadora.
Para Rosa o maior desafio que o SAMU enfrenta são os trotes telefônicos, assim como pessoas que não entendem o serviço e realizam chamadas falsas.