23/06/2016 - Jesika Mayara
Os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) decidiram suspender a greve após 66 dias com as atividades paralisadas. A decisão acontece dois dias depois de o Tribunal de Justiça (TJ) do Piauí decretar ilegalidade da greve e do anúncio do governo no corte do ponto dos professores que desobedecessem a decisão do TJ.
A decisão foi tomada pela categoria que esteve reunida em assembleia na manhã desta quinta-feira (23) na Uespi.
De acordo como a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí (Adecesp), Lina Santana, as atividades voltarão à normalidade depois que o setor de pró-reitoria de extensão refazer o calendário letivo e informar aos professores o dia de retorno das aulas.
"Nós suspendemos a greve esse semestre, mas ainda continuamos em "estado de greve". Prometemos encerrar o primeiro semestre letivo e voltar no segundo apenas se o governo cumprir com o acordo e atender as nossas reivindicações, aquilo que nós reivindicamos, o que nos é de direito", disse.
Entenda o caso
Os professores deflagraram greve no dia 18 de abril e 66 dias, mais de dois meses. A categoria pede a realização de um concurso público para professores, promoção e progressões, melhorias na estrutura dos campi e o pagamento dos retroativos que, segundo a Associação ainda não havia sido feito.
Na segunda-feira (20), o Tribunal de Justiça decretou ilegalidade na greve e em descumprimento a categoria estaria passível de multa no valor de R$ 10 mil a R$ 100 mil. Mesmo assim, os professores chegaram a anunciaram que a greve continuava. Por conta disso, o secretário de administração, Franzé Silva, afirmou que cortaria o ponto dos professores que não voltarem às atividades após o decreto.
Por diversas vezes, governo e categoria se reuniram para tentar um acordo, mas sem sucesso. Por conta da indecisão dos professores em não aceitar um acordo com o governo, o secretário de administração, Franzé Silva, chegou a dizer que os docentes foram intransigentes, o que motivou o pedido do estado pela ilegalidade da paralisação.
Com informações do G1 Piauí