25/06/2016 - Jesika Mayara
O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) decidiu, em assembleia geral realizada na terça-feira (21), que a categoria vai paralisar as atividades por 72 horas, a partir do dia 28 de junho. No dias do movimento, serviços como consultas, exames e cirurgias eletivas serão totalmente paralisados.
O movimento foi deflagrado após o governo do Estado não cumprir acordo feito com os médicos que prestam serviço para a rede estadual de Saúde. A presidente do Simepi, Lúcia Santos, afirma que o reajuste salarial de 30%, acertado entre as partes ainda no ano passado, não foi pago no mês de maio, data da base da categoria.
“Ficou acertado que o governo pagaria esses 30% dividido em três parcelas durante o triênio de 2016, 2017 e 2018”, explica Lúcia Santos. O Sindicato conta que buscou entendimento com o governo, mas foi informado que o aumento do salário não seria possível porque as contas do executivo estadual estão no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e no momento nenhuma categoria pode reajuste salarial.
Mesmo com a justificativa, a categoria não se convence e defende que o impacto na folha de pagamento do Estado não será tão exorbitante assim, já que, conforme a presidente do Simepi, o incremento estava previsto no orçamento financeiro do governo desde 2015.
“A classe médica deve ser respeitada. O trabalho desenvolvido por nós é importante e o governo tem que valorizar isso pelo menos honrando com os compromissos acertados previamente”, pondera Lúcia Santos.
Conforme levantamento do Simepi, o governo do Estado possui no quadro pessoal o total de 1300 médicos. Durante a paralisação estes profissionais só estarão atendendo nos setor urgência e emergência dos hospitais. O Cidadeverde.com entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde para obter informações de como a população deve proceder durante o movimento, mas até a conclusão da matéria não obteve resposta.
No fim da paralisação, agendado para o dia 30 de junho, a categoria médica se reúne novamente para fazer novas deliberações sobre o movimento.
Fonte: Cidade Verde