20/10/2020 - Redação
O governador Wellington Dias (PT) confirmou que o estado do Piauí terá “Lei Seca” nos dias 23, 24 e 25 de outubro como medida de prevenção ao novo coronavírus. Wellington Dias explica que a medida mais restritiva foi adotada porque a curva de transmissibilidade do novo coronavírus, que estava em queda, voltou a crescer no estado.
“Estamos adotando novas medidas de restrição que foram aprovadas pelo COE (Centro Operacional de Emergência) na última sexta-feira (16). Vamos ter a ‘Lei Seca’ na sexta, no sábado e domingo. Lá atrás, uma pessoa com coronavírus estava transmitindo para outras três, era uma ‘coisa perigosa’. Com as medidas, a gente conseguiu conter e isso foi descendo, caiu, e a gente chegou a uma pessoa transmitindo para menos da metade, ou seja, era duas pessoas transmitindo para uma. Isso voltou a crescer”.
O governador acrescenta que vai tratar decisões com o TRE (Tribunal Regional de Eleitoral) com o amparo nos laudos técnicos do COE Saúde para reforçar a medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus no período eleitoral, “como fazer a campanha como manda a democracia evitando os riscos de crescimento de óbitos e de internações, como já acontece na região de São Raimundo Nonato”.
“Eu sei que não é só a questão das eleições. Tem muita gente sem usar a máscara, muita gente sem obedecer o distanciamento, sem a preocupação da higiene e das mãos. Pessoas que saem e voltam com o coronavírus para casa. A população jovem está morrendo. Nós não queremos perder os seres humanos. Em nome disso, estou adotando medidas combinadas com a área técnica, com a justiça eleitoral, combinado com os partidos e os candidatos. É preciso evitar as grandes aglomerações, precisamos vê como garantir que os candidatos se apresentem aos eleitores, mas de forma segura cumprindo as regras”.
Como as pessoas voltaram a adoecer, a busca por vagas nas unidades de tratamento intensivo e de leitos clínicos também aumentaram, comenta o chefe do executivo estadual. “Também cresceu os óbitos. Nós tínhamos alcançados menos de seis óbitos na média. Saímos de mais ou menos 30 (óbitos) na média diária para seis diárias. É alto, mas é bem mais baixo. Agora, voltamos a ter o crescimento na fase de 10 óbitos por dia”.
“É isso que a gente quer conter. Eu tenho alertado. Primeiro: evitar uma propagação perigosa. Já fizemos todo o sacrifício de empresas, de pessoas, do setor público e do setor privado. Não podemos perder o que fizemos. Temos que conter enquanto não sai as vacinas. Garantir uma transição de forma segura. Vamos ter que ter a participação de todos”.
Para o governador, o desrespeito as medidas de prevenção e higiene podem novamente afetar o dia da votação nas eleições municipais. “Pode chegar o dia 15 de novembro, com o indicador muito alto de adoecimento, de problema de internação, problema de óbitos, então muita gente vai deixar de votar. Isso não é bom para a democracia”.
“Se a gente fizer a contenção agora. O efeito que a gente fizer nesse final de semana e no próximo terá efeito daqui a 14 a 21 dias, ou seja, nós vamos chegar na eleição em uma situação melhor”.
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