Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

Matéria / Nacional

Ibovespa cai 5,5%, ações da Petrobras despencam 21% e dólar vai a R$ 5,53

Mercado financeiro reage com forte aversão e insegurança após intervenção de Bolsonaro para a troca do comando da estatal

22/02/2021 - Redação

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P40G-IMG-f93c5ea81e86be6e2a.jpg (Foto: Divulgação)
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O mercado financeiro brasileiro opera com forte aversão e incerteza nesta segunda-feira, 22, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinar a troca do comando na Petrobras na sexta-feira passada, 19, e sinalizar que novas mudanças devem ocorrer nesta semana. Próximo das 11h10, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, recuava 5,5%, aos 111.917 pontos. Como já era esperado, a queda é liderada pelos papéis da Petrobras, com derretimento de 21% para ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3). O temor de guinada na política econômica estende as perdas para outras empresas com participação do governo. Ações do Banco Central (BBAS3) recuavam 10%, enquanto a Eletrobras (ELET3) caia quase 7%. A insegurança dos investidores com o risco Brasil também impulsiona o dólar. A divisa norte-americana avançava 2,3%, a R$ 5,509. Na máxima, a divisa chegou a bater R$ 5,533, enquanto a mínima não passou de R$ 5,502. O dólar fechou a semana passada com alta de 1%, a R$ 5,385.

“Vale lembrar que, desde o começo do ano, vários acontecimentos passaram a indicar um aumento dos riscos de interferência política nas empresas brasileiras, principalmente nas estatais: a quase demissão pelo governo do CEO do Banco do Brasil, André Brandão, a renúncia do CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e suas declarações em seguida indicando que a privatização da estatal não estava nos planos, e o aumento de ruído na Petrobras em relação a sua política de preços”, afirma Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos. “A percepção de risco mais elevada, em meio à já existente preocupação com a situação fiscal do Brasil e também potencial pressão adicional caso os investidores estrangeiros voltem a sair do país podem levar à queda do Ibovespa”, diz.

A intervenção na presidência da Petrobras e o risco de guinada da política econômica brasileira monopolizam a atenção dos investidores neste início de semana. Bolsonaro anunciou na sexta-feira, após o fechamento do mercado, a escolha do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras e como Conselheiro de Administração da empresa. A troca se deu em meio ao aumento das tensões entre o presidente e a estatal após o anúncio de novos reajustes da gasolina e do diesel, publicados na quinta-feira, 18. “O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova Missão, como Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras, após o encerramento do Ciclo, superior a dois anos, do atual Presidente, Senhor Roberto Castello Branco”, informou o presidente em um documento postado nas suas redes sociais.

O mercado financeiro brasileiro opera com forte aversão e incerteza nesta segunda-feira, 22, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinar a troca do comando na Petrobras na sexta-feira passada, 19, e sinalizar que novas mudanças devem ocorrer nesta semana. Próximo das 11h10, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, recuava 5,5%, aos 111.917 pontos. Como já era esperado, a queda é liderada pelos papéis da Petrobras, com derretimento de 21% para ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3). O temor de guinada na política econômica estende as perdas para outras empresas com participação do governo. Ações do Banco Central (BBAS3) recuavam 10%, enquanto a Eletrobras (ELET3) caia quase 7%. A insegurança dos investidores com o risco Brasil também impulsiona o dólar. A divisa norte-americana avançava 2,3%, a R$ 5,509. Na máxima, a divisa chegou a bater R$ 5,533, enquanto a mínima não passou de R$ 5,502. O dólar fechou a semana passada com alta de 1%, a R$ 5,385.

“Vale lembrar que, desde o começo do ano, vários acontecimentos passaram a indicar um aumento dos riscos de interferência política nas empresas brasileiras, principalmente nas estatais: a quase demissão pelo governo do CEO do Banco do Brasil, André Brandão, a renúncia do CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e suas declarações em seguida indicando que a privatização da estatal não estava nos planos, e o aumento de ruído na Petrobras em relação a sua política de preços”, afirma Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos. “A percepção de risco mais elevada, em meio à já existente preocupação com a situação fiscal do Brasil e também potencial pressão adicional caso os investidores estrangeiros voltem a sair do país podem levar à queda do Ibovespa”, diz.

A intervenção na presidência da Petrobras e o risco de guinada da política econômica brasileira monopolizam a atenção dos investidores neste início de semana. Bolsonaro anunciou na sexta-feira, após o fechamento do mercado, a escolha do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras e como Conselheiro de Administração da empresa. A troca se deu em meio ao aumento das tensões entre o presidente e a estatal após o anúncio de novos reajustes da gasolina e do diesel, publicados na quinta-feira, 18. “O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova Missão, como Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras, após o encerramento do Ciclo, superior a dois anos, do atual Presidente, Senhor Roberto Castello Branco”, informou o presidente em um documento postado nas suas redes sociais.

Fonte: Jovem Pan

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