Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

Matéria / Saúde

Testes de sangue não são mais tão confiáveis para detecção da Covid-19

11/08/2021 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-ba839c7fc44e5c380c.jpg (Foto: Reprodução)
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Teste de sangue não são mais tão confiáveis para detecção da Covid-19. A infectologista Elna da Silva explica que com o avanço da pandemia e da campanha de vacinação contra a Covid-19, os  testes  que detectam o IgM e IgC não são mais tão confiáveis, uma vez que servem para a detecção de anticorpos que podem estar no organismo seja pela vacinação ou devido a um contato prévio com o novo coronavírus. 

"O PCR-RT continuam sendo testes válidos por detectarem fragmentos ou porcentagens do próprio vírus. Testes rápidos ou sorológicos, que a gente chama de IgM e IgC, seja o rápido ou o de laboratório, que sai o resultado depois, mas que são feitos no sangue, perderam um pouco da sua validade porque detectam anticorpos relacionados ao coronavírus. Levando em consideração que boa parte da população ou já teve coronavírus ou está vacinada ou as duas coisas, há uma grande probabilidade de dar reagente e a pessoa não está com covid, mas a pessoa está com anticorpos circulantes, seja pela vacina ou pela infecção. É preciso uma análise criteriosa", esclarece a especialista. 

"Os testes de sangue foram muito utéis no começo da pandemia quando não se tinha vacina, nem contato prévio. Então, ser você estava com sintomas e o anticorpo era detectado, supunha-se que era o vírus. Hoje essa realidade mudou", completa a infectologista. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí, Elna da Silva esclareceu dúvidas sobre a variante Delta que preocupa devido ao alto poder de transmissibilidade. Sobre os sintomas, a especialista destaca que são semelhantes às variantes anteriores, mas não há tanta alteração de olfato e paladar. 

"Febre baixa, dor no corpo, dor cabeça, coriza, sintomas de um resfriado comum. A partir daí pode evoluir para a gravidade ou se encerrar como um caso leve, que é o que tem se observado em pessoas já vacinadas. Provavelmente por causa da vacina que gera essa proteção", explica a infectologista. 

Ela explica que a grande preocupação em torno da variante Delta se deve à baixa cobertura vacinal. Essa cepa não é detectável por meio de testes rápidos.

"Pra fazer essa avaliação é necessário encaminhar para um laboratório de referência para fazer a determinação de qual é a variante", esclarece Elna da Silva que reforça que as medidas preventivas, uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social, devem ser mantidos mesmo com as duas doses da vacina. 

 

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