17/08/2021 - Jesika Mayara
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) deve julgar recursos de mais de 50 casos de feminicídio até sexta-feira (20). A ação faz parte da 18º Semana Justiça pela Paz em Casa que acontece três vezes ao ano e que agora conta com a realização desses processos em 2ª instância.
A coordenadora da mulher do TJ-PI, juíza Keylla Raniere, explica que a intenção é favorecer os julgamentos dos processos de feminicídio mais rapidamente.
“O diferencial dessa 18ª semana é que além dos juízes de primeiro grau, que em média são mais de 300 audiências, o segundo grau também vai participar dessa edição com esse julgamento de 55 recursos de processos que tratam de feminicídio, então é um grande avanço. Essa primeira temática é pelo feminicídio que vai favorecer com que esses processos desçam de forma mais rápida ao primeiro grau e que esses juris aconteçam também em menor espaço de tempo”, destaca a juíza.
Keylla Raniere também reitera que o projeto, que acontece desde 2018, é um ato simbólico para visibilizar as políticas de combate à violência contra a mulher realizadas durante todo o ano.
“A Semana Justiça pela Paz em Casa é um evento que acontece já desde de 2018 e visa dar visibilidade a essa política de combate à violência contra a mulher. São três semanas no ano, mas é apenas um ato simbólico para dar visibilidade a todo esse trabalho que é feito diariamente pelos colegas, servidores, magistrados e magistradas do estado do Piauí”, ressaltou.
Além dos trabalhos da 18ª Semana Justiça pela Paz em Casa, a coordenadora da mulher anuncia a capacitação de todos os magistrados do Piauí em um curso de atuação sob perspectiva de gênero. Segundo Keylla Raniere, a meta é capacitar esses juízes e desembargadores até o final do ano.
“Durante esse mês também, nós estamos muito felizes em divulgar que todos os magistrados piauienses farão um curso de atuação sob perspectiva de gênero até o final do ano. Em agosto, mais de 100 magistrados já estão nessa primeira turma e a meta é que até o final do ano todos os magistrados de primeiro grau e desembargadores também sejam capacitados. Nós estamos trabalhando, nos preparando sempre para prestar o melhor serviço e dar esse resultado em menor espaço de tempo”, finaliza Keylla Raniere.
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