10/11/2021 - Redação
Após dois dias de mistério, foi revelado na noite desta terça (9) que a grande vencedora do Miss Universo Brasil 2021 é a candidata do Ceará, Teresa Santos, 23. Estudante de psicologia e natural do município de Maranguape, Teresa traz o título de volta ao seu estado após um hiato de sete anos, uma vez que a última vencedora foi Melissa Gurgel, em 2014.
Esta é a segunda vez que a cearense disputa a etapa brasileira do Miss Universo. Em 2018, também representando seu estado natal, bateu na trave e ficou em terceiro lugar. Até o momento do anúncio, a loira acumulava quase 60 mil seguidores em seu perfil no Instagram, sua principal mídia social.
A modelo, que também é empresária do ramo de semi-joias, integrou o grupo de 27 representantes estaduais que estiveram a bordo do navio de cruzeiro MSC Preziosa, onde foi gravada a final do concurso, no último domingo (7). Na ocasião, para que ninguém desconfiasse do resultado, foram gravados uma série de possibilidades de coroações com as três finalistas, que são nordestinas.
Ao lado de Teresa estavam as candidatas do Piauí, Gabriela Lacerda, 20, e Sergipe, Carol Valença, 27, respectivamente em segundo e terceiro lugares. A classificação está alinhada com a previsão dos quatro missólogos (especialistas em concursos de beleza) consultados pela coluna, que disseram que esse ano poderia vencer uma candidata do norte ou nordeste, e que seria loira (assim como Teresa).
No confinamento de dez dias, todas as misses passaram por palestras, aulas de passarela, entrevistas e desfiles sob avaliação de um júri técnico. O show da final foi comandado pela apresentadora gaúcha Cris Barth e teve duração de quase duas horas.
A transmissão do espetáculo aconteceu na plataforma de streaming Soul TV, pelo canal UMiss, além do Canal do Cliente (500) e canal Like (530) da Claro TV. Sem exibição ao vivo por conta do ambiente em alto mar, esta é a primeira vez do concurso, que seleciona uma representante do país para o Miss Universo, dentro de um navio.
O Miss Brasil 2021 acontece quase três anos após a última competição presencial, que foi em março de 2019, em São Paulo. A atual organização assumiu em plena pandemia e aproveitou a retomada do evento para botar em prática um novo formato, tanto de seleção quanto de show. A diretora executiva Marthina Brandt (Miss Brasil 2015) encabeçou o evento ao lado do empresário gaúcho Winston Ling.
Em dezembro próximo Israel vai sediar a próxima edição do Miss Universo, sendo que a última aconteceu em maio na Flórida (EUA). O curto espaço de tempo fez com que as misses deste ano fossem escolhidas de forma rápida. Mesmo assim, de acordo com o missólogo João Ricardo Camilo Dias, curador da página Miss Brazil On Board, esse é o melhor grupo de candidatas brasileiras dos últimos cinco anos.
Vale lembrar que a gaúcha Julia Gama, 28, atual vice Miss Universo, não esteve presente nas coroações. Na quinta (4) ela lamentou o cancelamento do convite para coroar sua sucessora, e apontou que a motivação da organização pode ter sido por preferências políticas. Segundo Gama, a gestão atual é bolsonarista, e ela não. A organização do Miss Universo Brasil nega a possibilidade, mesmo assim um exército de misses saiu em defesa de Gama nas redes sociais.
Outra novidade da atual gestão do Miss Brasil é a centralização da produção de conteúdo audiovisual e a criação de um destino próprio para ele. Em operação de fato desde agosto, o canal UMiss, da plataforma de streaming SoulTV, promete disponibilizar séries, programas e shows sobre o universo das misses de forma gratuita.
No final de outubro estreou no canal seu primeiro conteúdo próprio, a série "Behind The Crown". Com onze episódios de cerca de 30 minutos cada, a narrativa mistura os formatos de documentário e reality show e mostra os bastidores do Miss Universo Brasil.
Fonte: Folhapress