03/02/2022 - Jesika Mayara
A juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, titular da 5ª Vara da Comarca de Picos, adiou, pela segunda vez, o julgamento do réu Wagner Bezerra Lima, acusado de assassinar o cabo da Polícia Militar, Daniel Marcos Ferreira.
O julgamento iria acontecer hoje, 03 de fevereiro, no Fórum local.
DESPACHO
A decisão do adiamento obedece a decisão do Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e a Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Piauí, que suspenderam, até 11 de fevereiro, as atividades presenciais do Poder Judiciário do Estado do Piauí como forma de prevenir a disseminação e contágio pelo novo Coronavírus – COVID-19 e outras síndromes gripais.
No despacho, a magistrada cita, ainda, os Decretos da Prefeitura de Picos e do Governo do Estado, que também suspenderam as atividades de diversos setores da sociedade, como forma de evitar aglomerações de pessoas em espaços públicos ou privados dado o aumento de casos de testagem positiva para o novo Coronavírus e de ocupação dos leitos de UTI-Covid, que já formam filas de pessoas à espera de vagas nas unidades hospitalares do estado.
Nova data
O julgamento do réu Wagner Bezerra Lima já tem uma nova data para acontecer. A Sessão Plenária do Tribunal do Júri deverá acontecer no dia 10 de março, com início às 9h30, no Fórum local, obedecendo todos os protocolos indicados para prevenção ao contágio pelo vírus da Covid-19.
Essa é a terceira data marcada para o julgamento do acusado de assassinar o cabo Daniel. A primeira data foi 09 de dezembro de 2021, mas, diante da renúncia dos advogados do réu, a Defensoria Pública assumiu a defesa de Wagner e o defensor responsável pelo caso alegou que não houve tempo suficiente para conhecer o processo, e assim, fazer a defesa do réu em plenário. O pedido foi aceito pela juíza e o julgamento adiado para o dia 03 de fevereiro, que novamente não aconteceu e foi adiado para uma terceira data.
O crime
O crime ocorreu no dia 11 de maio de 2017, por volta das 10h, dentro do Grupamento da Polícia Militar da cidade de Paquetá. No dia do ocorrido, o cabo Daniel, que estava de serviço, foi acionado por populares que relataram a presença de um homem estranho na cidade. O militar foi até o local indicado, localizou o homem, identificado por Wagner, e o conduziu até o Grupamento.
Antes de ser revistado, Wagner foi deixado em uma sala do Grupamento da PM. O cabo Daniel, ao retornar até a sala onde estava o suspeito, foi surpreendido por vários tiros disparados por Wagner, que usou uma arma de fogo que portava, um revólver calibre 32.
Após assassinar o cabo Daniel, Wagner ainda pegou a arma do policial, uma pistola .40, e depois fugiu. O mesmo foi capturado horas depois, em um matagal. Com ele foram encontradas as duas armas e munições.
Fonte: Cidades na Net