Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

Matéria / Polícia

Menino de 13 anos mata a mãe e o irmão porque foi proibido de usar o celular

O pai do menino também foi baleado e está em estado grave em hospital

20/03/2022 - Redação

Imprimir matéria
P40G-IMG-f43255d9772918f26d.jpg Hospital Regional de Patos em Patos na Paraíba (Foto: TV Cabo Branco/Reprodução)
P40G-IMG-f43255d9772918f26d.jpg Hospital Regional de Patos em Patos na Paraíba (Foto: TV Cabo Branco/Reprodução)

 

Um menino de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe de 47 anos e o irmão mais novo de sete anos nesse sábado (19). O pai do garoto, de 57 anos, ficou gravemente ferido.

Segundo o depoimento, ele cometeu o crime porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.

O menino foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos.

Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente.

O delegado Renato Leite está responsável pelo caso. De acordo com ele, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos.

 

O pai do menino, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.

Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.

Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.

 

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.

No início, a criança negou o crime. E a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.

A criança está na carceragem da Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.

O velório da mãe e do irmão vão acontecer numa igreja próxima da casa onde a família morava.

Fonte: Portal G1 Paraíba

Facebook