16/02/2023 - Jesika Mayara
O delegado Matheus Zanatta, Superintendente de Operações da Secretaria de Segurança, afirmou nesta quinta-feira (16) que a enfermeira de 28 anos presa suspeita de duplo homicídio em Parnaíba teria cometido o crime por causa de uma dívida de R$ 12 mil que tinha com as vítimas, e por não conseguir de volta o carro que havia penhorado. Isabele Cristina Brandão foi presa ontem em uma praia da cidade de Camocim, no estado do Ceará.
Ainda segundo o delegado Matheus Zanatta, a enfermeira, que é filha de uma policial penal, teria armado uma emboscada para as vítimas.
“A enfermeira tinha uma dívida com esses três rapazes, as três vítimas, e tinha penhorado um veículo Hilux, e essas vítimas informaram que somente entregariam o veículo se ela pagasse essa dívida de R$ 12 mil, então ela levou essas vítimas para o ‘cheiro do queijo’. Ela marcou um encontro, disse que iria fazer um pagamento e no momento que chegaram no local do encontro, ela executou dois rapazes e o terceiro não chegou a óbito, foi levado para o hospital para ser internado e medicado”, destacou.
Os homicídios aconteceram na terça-feira (14) em um terreno baldio no bairro São Benedito. As vítimas foram encontradas dentro de um carro. No local os policiais encontraram mortos Deoclécio Rodrigues Silva de Sousa, de 37 anos, e José de Maria Vieira Lira, de 57 anos. No veículo foi encontrado ferido um homem identificado como Pedro Jorge do Nascimento Freitas, conhecido como "Pedro Caroço", que levou um tiro de raspão no rosto.
Isabele Cristina foi vista saindo do local, a polícia iniciou a investigação e conseguiu prender ela na última quarta-feira. Segundo o delegado Matheus Zanatta, ela estava na praia e com a arma usada no crime.
“Ela fugiu para Camocim, a polícia foi rápida, e em menos de 24h conseguimos prender ela na praia de Maceió, em Camocim, e estava com a arma do crime, uma pistola 9 mm, que é de propriedade da sua genitora que é agente da penitenciária Mista de Parnaíba”, explicou.
Foto: Reprodução/Facebook
A mãe de Isabele, que é uma policial penal, será investigada já que arma usada no crime era sua. A polícia vai investigar se ela ajudou a filha. “A mãe pode responder pelo ato e pelo fato de ter entregue essa arma de fogo para a filha para ter cometido esse crime”, destacou.
A suspeita já tinha passagem pela polícia por apropriação indébita e os suspeitos por crimes violentos.
Cidade Verde