Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

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Quarta-feira de cinzas: católicos iniciam jejuns da quaresma

Entenda a prática e significado do período

22/02/2023 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-c37c515ce221c8ff6e.jpg (Foto: Diocese de Picos)
P40G-IMG-c37c515ce221c8ff6e.jpg (Foto: Diocese de Picos)

Esta quarta-feira (22) é, para os católicos, o dia de início da quaresma, período de 46 dias que antecede a comemoração da Páscoa. Muitos fiéis veem esse período como o momento de devoção, marcado por orações e jejum, para reafirmar a vontade de seguir no caminho do cristianismo, reconhecendo a mortalidade e a necessidade da graça divina para o perdão aos seus pecados.

Missa na igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo — Foto: Mayara Valença/g1 Piauí

No Piauí, estado com maior parte da população católica do país (85%, segundo o IBGE), é comum a adoção dos jejuns da quaresma. Muitos abdicam de hábitos alimentares, como deixar de comer doces, além da já tradicional prática de limitar ou mesmo parar o consumo de carne vermelha durante o período.

Contudo, a fé de alguns dos fiéis os levam a renunciarem hábitos ou gostos mais incomuns. Como auxiliar de Justiça, Natália Bacelar, 37 anos, que já se absteve de assistir televisão e até de utilizar redes socais durante o período da quaresma.

“Já fiz restrição tanto de hábitos alimentares como deixar de comer chocolates ou tomar refrigerantes. Mas ultimamente, tenho feito de redes sociais. Já fiz abstinência tanto de WhatsApp, como de Instagram”, contou.

“Não é fácil, pois virou algo automático estarmos conectados o tempo todo. Mas foi uma boa experiência, é bom deixarmos de olhar a vida dos outros por um tempo para cuidarmos da nossa vida espiritual”, completou.

Para Natália, o jejum nesse período é uma fonte de mudança, de conquista e de liberdade. “A quaresma é a oportunidade anual que todo cristão tem de se converter de forma mais profunda. Quando você tentar se abster de um hábito que você acreditava ser difícil de viver sem, você fica mais livre, mais leve”, disse.

A auxiliar de Justiça não lembra quando começou a adotar os jejuns. “Nasci num berço cristão, onde meus pais sempre tiveram uma vida atuante na comunidade. Não sei precisar ao certo quando os jejuns começaram. Mas desde cedo, sempre íamos juntos a missa de Cinzas e na celebração o padre convidava a fazermos um compromisso de jejum”, contou.

Natália acredita ser pertinente abordar a temática dos jejuns como forme esclarecer sobre a prática. “Acho importante falarmos sobre isso. As pessoas às vezes não fazem por falta de estímulo ou desinformação”, afirmou.

 

G1 PIauí

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