(Foto: Reprodução)

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Os acidentes de trânsito mataram mais que as agressões intencionais durante os anos de 2017 a 2021 no Piauí. Os dados são do Boletim de Informações em Saúde da Sesapi

De acordo com o boletim, durante esse período, foram registrados 4.660 óbitos causados por acidentes de trânsito. Em relação as agressões, o total durante esses quatro anos foi de 3.248.

Já em 2023, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) registra em média 27 pacientes por dia vítimas de acidentes de trânsito.  

Segundo a unidade de saúde, de janeiro deste ano até o dia 27 de maio, foram 3.950 entradas no local sendo 87% relacionadas a acidentes envolvendo motocicletas, 10% atropelamento e 3% envolvendo automóveis.

Um acidente de trânsito tirou a vida do agente de portaria Edinaldo Soares de Sousa nesse último final de semana na zona Norte de Teresina. De acordo com testemunhas, um veículo bateu na motocicleta após fazer uma ultrapassagem.

A Guarda Civil Municipal destacou ainda que o condutor do carro afirmou que estava voltando de uma festa de casamento, onde teria ingerido bebida alcoólica.

Wellington Lima é amigo de Edinaldo Soares e lamenta o ocorrido com o agente de portaria. A vítima deixa esposa e uma filha de cinco anos.

“Na medida que a pessoa ingere álcool, bebida alcoólica e vai dirigir um carro ou uma moto, ele tem a ciência de que ele pode causar um mal maior e de que ele pode tirar a vida de alguém como foi o que aconteceu aqui onde um pai de família perdeu a vida”, contou Wellington Lima.

Já o operador de máquinas e também amigo do motociclista, Damião Santos, criticou a liberação do condutor do veículo após pagar fiança.

“R$ 1320 foi o valor que ele pagou para ser liberado. Isso nos deixa cada vez mais triste porque dá a entender que o crime no trânsito compensa”

A advogada e vice-presidente da Comissão de Direito no Trânsito da OAB, Lorena Corrêa, explica quando esses acidentes podem ser considerados dolosos ou culposo.

“O homicídio doloso no trânsito ele é quando o motorista tem a intenção de matar alguém ou ele consegue interpretar na direção que pode correr o risco de matar alguém, diferente do homicídio culposo que é quando acontece na maioria das vezes pelo próprio acidente de trânsito, por imperícia, negligência”, informou a advogada.

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