Picos(PI), 16 de Novembro de 2025

Matéria / Nacional

Esposa de MC Poze teve empresas usadas para lavar mais de R$ 250 mi do CV

03/06/2025 - Redação

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P40G-IMG-c0119a012668041afe.jpg Vivi Noronha e MC Poze (Foto: Reprodução Instagram)
P40G-IMG-c0119a012668041afe.jpg Vivi Noronha e MC Poze (Foto: Reprodução Instagram)

 

Vivi Noronha teve empresas registradas em seu nome utilizadas por membros do Comando Vermelho com o objetivo de legalizar valores obtidos por meio do tráfico de drogas e outras práticas ilegais. A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início, nas primeiras horas da terça-feira (3/6), a uma operação de grande escala voltada à desarticulação dessa rede de lavagem de dinheiro, que movimentou cerca de R$ 250 milhões.

Mandados de busca e apreensão
Imóveis ligados ao cantor MC Poze do Rodo, marido de Vivi, foram alvos de 35 mandados de busca e apreensão cumpridos por aproximadamente 200 agentes civis. Também foram determinadas ordens de bloqueio e indisponibilidade de recursos financeiros vinculados a mais de 35 contas bancárias. A estrutura criminosa se valia de pessoas físicas e jurídicas para ocultar a origem ilegal dos recursos, que posteriormente eram reinvestidos em armamentos, drogas e no fortalecimento do domínio territorial da facção em comunidades do Rio de Janeiro.

Os depósitos realizados nas empresas em nome de Vivi vinham, na verdade, de integrantes do Comando Vermelho. Esses valores eram repassados de forma a aparentar legalidade antes de retornarem aos envolvidos. Nos últimos dias, Vivi publicou conteúdos em redes sociais nos quais acusa policiais civis de subtração de bens durante a ação policial que culminou na prisão de MC Poze. Ela afirmou que um agente teria encerrado a operação após encontrar uma bolsa de grife, além de relatar o desaparecimento de pulseiras de ouro.

Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, foi identificado nas investigações como um dos responsáveis pelo setor financeiro da facção. Ele organizava eventos como o Baile da Escolinha, usado para fortalecer o controle cultural do grupo e gerar receita para o tráfico de drogas e armas. A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e o Laboratório de Lavagem de Dinheiro estão à frente das investigações.

A morte de Fhillip, ocorrida na segunda-feira (2/6), está sendo apurada pela própria Polícia Civil. Mesmo com o falecimento, o processo investigativo continua e as medidas judiciais seguem em execução, com foco nos demais envolvidos e nas empresas usadas para a movimentação dos valores ilegais.

Ainda que não esteja mais vivo, o papel desempenhado por Fhillip na organização do esquema é reconhecido, sobretudo no que diz respeito à difusão da cultura do tráfico e à criação de empresas com aparência legal, mas com a função de encobrir a origem criminosa dos recursos movimentados. 

Com Informaçãos do colunista Carlos Carone do Metrópoles

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