Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

Trabalhadores da Eletrobras Piauí paralisam atividades pela quarta vez

Eles são contra a privatização da estatal piauiense, que está federalizada

16/07/2018 - Redação

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P40G-IMG-9aa59e451ffe9a9ba2b.jpg Servidores em frente a sede da Eletrobras Piauí em Teresina (Foto: Reprodução)
P40G-IMG-9aa59e451ffe9a9ba2b.jpg Servidores em frente a sede da Eletrobras Piauí em Teresina (Foto: Reprodução)

Os trabalhadores da Eletrobras Piauí vão paralisar as atividades por 24 horas amanhã, terça-feira (17/07), após o avanço de mais um capítulo da novela sobre a privatização de 6 distribuidoras da empresa.

Semana passada a Câmara dos Deputados aprovou o texto que pede urgência na venda das filiais e a matéria segue para apreciação no Senado Federal e sanção de Temer. Em Teresina, cidade sede de uma das distribuidoras que deve ser vendida, os servidores se reuniram em assembleia e optaram por paralisar novamente. Eles tinham decidido que após a quarta paralisação, que acontece na terça, a categoria iria cruzar os braços com indicativo de greve por 48h nos dias 25 e 26 de julho, se o leilão permanecesse até o dia 24.

No entanto, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, por meio de liminar na última sexta-feira, a venda das distribuidoras. O Governo Federal já anunciou que vai recorrer da decisão.

ENTENDA

No dia 26 de julho estava previsto o leilão das distribuidoras, cujos interessados podem comprá-las por quase R$ 50 mil, mas precisando investir R$ 720 milhões para recuperar os déficits da empresa. Esse levantamento foi feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e divulgado no edital do leilão.

Enquanto isso, os trabalhadores estão insatisfeitos e se preocupam com o futuro a empresa. Ao todo, são seis distribuidoras previstas para venda: além do Piauí, Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia e Roraima também estão na pasta. Na lista trabalhista são quase 6 mil funcionários com o destino incerto. Por isso, desde abril eles paralisam, sendo esta a quarta vez este ano.

Ao OitoMeia, Paulo Sampaio, presidente do Sindicato dos Urbanitários, criticou o “entreguismo” do patrimônio público e ressaltou que “energia não deve ser uma mercadoria”, porque ela seria um bem do povo. Ele pontuou ainda que uma privatização da Eletrobras, causaria aumento de preços na conta de luz do consumidor.

Fonte: Oito Meia

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